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Lilitth estrela reality The Queens Brasil

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‘Mas o que eu mais amo fazer é estar no palco, performar. Fazer o que eu amo e ter o retorno do público”, afirma a artista (Foto: Divulgação)
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Estreia, nesta terça-feira (28), a terceira temporada do The Queen Brasil: concurso de drag queens sediado no Rio de Janeiro, no Teatro Rival Refit. Doze competidoras disputam a vaga para conquistar o trono a partir de suas performances de lip sync. A cada episódio, que é mensal, a competidora se apresenta de maneira solo. Se os jurados, que são Eduardo Araúju, Suzy Brasil e Ava Simões, aprovarem a apresentação, a competidora desafia uma das quatro rainhas pré-selecionadas pelo concurso em uma batalha lip sync. Vence a melhor.

Dentre as 12 selecionadas, está Lilitth, drag queen juiz-forana. Antes mesmo de partir ao Rio de Janeiro rumo ao concurso, ela já adianta: “É difícil, toda hora batalhando, mas é para mostrar a que veio mesmo, porque para ganhar tem que ser boa”. As expectativas estão altas. Mas o desejo maior é que, com o concurso, mais portas sejam abertas ao seu trabalho.

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Esse desejo de participar do concurso surgiu ainda no ano passado, quando Lilitth participou de um outro, em Juiz de Fora. Uma das competidoras era do Rio de Janeiro e, na mesma época, participou do The Queen Brasil. “No final do ano passado, abriu a inscrição para ele (o concurso) e eu pensei: ‘Por que não?’ Vou me jogar nessa. Tentar um espaço diferente. Porque aqui ainda é um espaço complicado, não tem tantas oportunidades. Hoje vai ser a primeira vez que vou me apresentar no ano (sexta-feira, 17, no Rocket Pub). E, no Rio, é tudo diferente. Muita coisa acontecendo. Vou me jogar no concurso para tentar atingir lugares novos, cenas novas e novas oportunidades.”

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Quem é Lilitth

Mas, até chegar ao concurso, Lilitth foi se desenvolvendo. Sempre tinha, ali, um desejo de trabalhar com arte. Quando criança, por exemplo, pensou em ser cantora, atriz, mas nada nunca com certeza. “Até que eu conheci a arte drag e foi meu ponto inicial.” Esse processo partiu muito do momento em que Pabllo Vittar estourou, por volta de 2017. E, ao mesmo tempo, conheceu uma outra drag em Juiz de Fora. Ter uma referência nacional e outra local foi essencial.

“É aquela coisa: a gente se espelha em quem a gente vê. Principalmente para um artista, é muito sobre referências. É assim que um artista se cria. É muito importante a gente ter essa figura representativa, de pessoas que têm fama. Mas aqui na cidade é importante também. Quando a gente vê alguém daqui, do nosso convívio, que faz arte boa e bem feita, a gente se enxerga mais dentro da situação, que é um semelhante, e se a pessoa faz isso, eu também posso”, afirma.

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Mas precisou de um começo. E ele foi rápido, natural. “Meu processo foi rápido. Porque eu já tinha isso dentro de mim. Quando eu me montei, vi que era isso o que eu queria fazer para minha vida. E foi indo.” Tudo começou em seu quarto mesmo. “E já era meu mundo.” Mas outras pessoas só foram ter contato com a Lilitth no ano passado. “Eu tinha um pouquinho de receio de como as pessoas iam receber isso. Mas, com o tempo, eu fui desconstruindo isso, principalmente, com meus amigos e os artistas daqui. E foi tomando uma forma para eu conseguir me libertar desse medo.”

Reconhecer-se no palco

Um convite inesperado, em um bar, fez com que Lilitth se apresentasse pela primeira vez, no Rocket Pub. Um amigo ia tocar na noite seguinte na casa de show e Lilitth comentou que era drag. Ele, então, fez o convite para que ela se apresentasse na mesma noite. Apesar do medo, aceitou. “Em menos de 24h, eu preparei roupa, preparei show, e fui, apresentei uma música da Rihanna”, relembra.

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“Foi totalmente no susto. Eu já estava querendo fazer o show há algum tempo. Porque eu comecei em 2017 e só fui fazer show em 2022. Eu já estava ansiosa, doida para mostrar meu show, mas tinha uma auto sabotagem de querer fazer mas nunca correr atrás. Quando surgiu a oportunidade, bem na cara, agora ou nunca, eu fui. Foi um impulso que eu precisava.”

Mesmo ansiosa em sua primeira apresentação, percebeu que a melhor parte de todo processo é estar mesmo no palco. “Mas eu gosto de tudo”, afirma. “Eu sou muito apaixonada pela arte drag. E é todo um conjunto: todo processo de produção, da roupa, pensar o que vai ser, produzir a roupa, a maquiagem, a parte da montagem, o tempo que eu demoro para fazer a transformação. É maravilhoso. Mas o que eu mais amo fazer é estar no palco, performar. Fazer o que eu amo e ter o retorno do público.”

E é ela quem faz tudo: da roupa à maquiagem. “Por exemplo, hoje eu tenho show. Desde segunda, eu estou pensando na roupa, faço partezinha por partezinha. Construo uma ideia, vou mudando”, enumera. Lilitth é perfeccionista e, por isso, pensa nos mínimos detalhes: desde uma saída na rua à participação de um concurso como o The Queen Brasil.

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Novos caminhos

Para além do concurso, Lilitth acredita que este é o seu ano porque várias oportunidades vêm surgindo. Nesta quinta-feira (30), por exemplo, estreia sua música com Tita Tully, “Pauta do dia”. “Já está sendo meu ano. A Lilitth já está fazendo muita coisa. Eu quero ganhar o concurso, mas também ser vista por outros lugares que possam me abrir portas”, finaliza.

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