Atualizada às 21h07
A folia começou com congado, passou pelo afoxé e terminou com rock em ritmo de samba. A chuva atrapalhou a chegada do público, bem no início, mas desistiu e deixou que os foliões comemorassem a abertura oficial do carnaval de Juiz de Fora, nesta quinta-feira (28), no Centro.
Com o Rei Momo Carlos Guedes e a rainha e as princesas à frente, o movimento negro abriu a festa. O Batuque Afro-brasileiro Nelson Silva começou cantando, no Parque Halfeld, “Lamaçal” e logo se juntou ao Grupo Ingoma, com seus tambores tipicamente mineiros.
Vetsidos de branco, os integrantes do Ingoma seguiram com os griôs do Nelson Silva atrás, vestidos em trajes com referências africanas. Pouco a pouco os foliões se juntaram e gingaram cruzando a Rio Branco e chegando ao Cine-Theatro Central.
O samba deu lugar para o rap e o carnaval ganhou ainda mais ritmo com a reunião do Ingoma com o Encontro de MCs. Enquanto os rappers cantavam a união do povo negro, a autoestima juiz-forana e a beleza da folia, os tambores ditavam a frequência.
Com um público menor, o grupo Afoxé Filhos de Oyá partiu da Praça da Estação em direção à Praça Antônio Carlos, louvando os deuseus e os orixás, representando a fé da Zona Norte da cidade. Às 20h20 a festa fez sua última parada, com o show da Orquestra Voadora.
Os intrumentistas, irreverentes, trajavam cuecas, bigodes estranhos, cabelos desarrumados e alguns de vestido, cantando rock ao som de samba e funk. Bastante cheia e organizada, a Praça saudou a folia, as misturas e as raízes da música e da cidade.
A Tribuna acompanhou a apresentação em tempo real pelo aplicativo Periscope, que pode ser baixado para aparelhos com sistema operacional Android e iOS.