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‘Casas de Leitura’ ocupam pontos da cidade 

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De acordo com a pesquisa  Retratos da Leitura no Brasil, feita em 2020, 48% dos brasileiros não leram nenhum livro no ano. Levando esse dado em consideração e todos os benefícios que a leitura pode trazer para o ser humano, iniciativas buscam reverter o quadro das mais diferentes maneiras. Em Juiz de Fora, foram instaladas cinco “casas de leitura” em pontos da cidade, com objetivo justamente de realizar a troca de livros e a doação. Raphael Reis, da empresa O Mago da Redação, que idealizou essa ação, buscou justamente a possibilidade de ampliar o acesso ao conhecimento para aqueles que poderiam se interessar pelos livros.

Para Raphael, “a leitura está relacionada diretamente com a cidadania. O direito à leitura  traz conhecimento, imaginação e capacidade de dialogar” (Foto: Divulgação)

O projeto teve início com a contratação de um marceneiro, que planejou as casas da melhor maneira para que os livros ficassem abrigados e pudessem ser facilmente acessados. Depois disso, Raphael afirma que entrou em contato com a Funalfa, da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), para falar sobre a doação desses materiais. O empresário, que mora no Bairro Recanto da Mata, pediu para que uma das casas fosse instalada lá, e o restante foi decidido pela própria fundação. “Por enquanto, tem funcionado muito bem. Dá para ir em qualquer dia, e vemos livros novos, pessoas mexendo”, conta.

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O envolvimento de Raphael com a leitura teve início quando fez seu mestrado, e percebeu que a falta da leitura impactava de formas drásticas a população. “A leitura está relacionada diretamente com a cidadania. O direito à leitura  traz conhecimento, imaginação e capacidade de dialogar. Isso é para qualquer faixa etária. Em um mundo totalmente corrido e tecnológico, é um incentivo a recuperar essa habilidade tão importante”, diz. Para ele, quando não há acesso à leitura e à análise crítica de textos, é possível desenvolver diversos outros problemas, como por exemplo, deixar indivíduos mais excluídos da sociedade e mais vulneráveis, por exemplo, a notícias falsas.

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(Foto: Divulgação)

A perspectiva é que, vendo o bom funcionamento do trabalho, seja possível até mesmo haver uma ampliação do projeto a partir dos programas da empresa. “Nós não temos nenhum incentivo fiscal, mas estabelecemos que sempre teríamos algum projeto assim. Então a cada produto que vendemos, um real é destinado a projetos sociais e ambientais. Escolhemos onde esse recurso será aplicado, e a casa de leitura é um desses projetos”, diz. 

Por influência dessa iniciativa, como ele conta, a empresa Paraibuna embalagens também entrou em contato com o mesmo marceneiro e encomendou outras casas, que foram distribuídas pela Zona Norte da cidade.

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