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‘Dunkirk’ estreia nesta quinta-feira em Juiz de Fora

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Soldados aliados enfrentam a tensão de um novo ataque aéreo alemão em ‘Dunkirk’ (Foto: Divulgação)
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“Dunkirk”, que estreia nesta quinta-feira no Brasil, é o mais recente filme de Christopher Nolan e marca a entrada do cineasta inglês no rol de grandes diretores que contaram algumas histórias sobre o mais terrível confronto entre nações que já existiu: a II Guerra Mundial. Seja sobre o Dia D, o Holocausto, os momentos finais da derrocada do nazismo, a guerra no front do Pacífico, diretores como Clint Eastwood, Terrence Malick, Roman Polanski, Steven Spielberg, Mel Gibson são responsáveis por obras como “Cartas de Iwo Jima”, “A lista de Schindler”, “Império do Sol”, “Até o último homem”, “O resgate do soldado Ryan”, “O mais longo dos dias”, “O pianista”, “Além da linha vermelha”, entre tantos outros. Até Quentin Tarantino usou o conflito como pano de fundo quando filmou “Bastardos inglórios”.

Com tantas histórias para contar, Nolan resolveu resgatar a memória de um dos momentos mais dramáticos para as forças que combatiam a expansão da Alemanha nazista pela Europa nos primeiros meses da guerra: a Operação Dínamo, talvez o maior plano de resgate de soldados da história e que foi fundamental para que a Inglaterra conseguisse impedir uma derrota frente aos alemães antes da entrada dos Estados Unidos no conflito. Foram mais de 300 mil combatentes britânicos, belgas e franceses que conseguiram fugir da Europa continental durante a operação.

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Os pouco mais de 100 minutos de duração de “Dunkirk” se passam durante o final de maio e início de junho de 1940 na cidade francesa de Dunquerque, onde cerca de 400 mil soldados Aliados se refugiaram após o avanço alemão pelos Países Baixos, Bélgica e norte da França. A situação é dramática. Com os nazistas cercando a cidade, resta aos combatentes se reunirem nas praias e no porto de Dunquerque, tornando-se alvos fáceis para os pilotos dos Messerschmitts e Heinkels que surgem a qualquer momento para bombardear e metralhar os inimigos desprotegidos. Como a derrota é mais do que certa neste momento, os Aliados precisam arrumar uma forma de resgatar toda essa gente antes que seja morta ou presa pelos alemães, o que seria um desastre total e aumentaria de forma considerável a possibilidade de invasão da Inglaterra. O problema é conseguir embarcar todos esses soldados para atravessar o Canal da Mancha, visto que os nazistas surgiam a qualquer instante dos céus e tinha a infantaria e os tanques Panzer prontos para agir.

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A solução encontrada foi a Operação Dínamo, que conseguiu levar cerca de 340 mil soldados para a cidade inglesa de Dover entre 28 de maio e 4 de junho. O resgate foi feito por navios de guerra ingleses e também por embarcações civis, contando com o apoio da Força Aérea Real (RAF), enquanto os combatentes em terra firme tentavam evitar como podiam os bombardeios inimigos. O filme de Christopher Nolan mostra a operação a partir de três pontos de vista, cada um com duração diferente mas que se encontram ao final: são sete dias para mostrar o drama dos soldados, um dia para as embarcações civis que cruzaram o Canal da Mancha para ajudar no resgate, e mais uma hora dos combates aéreos.

Drama em três frentes

“Dunkirk” não tem um ator principal, mas vários personagens que sintetizam o drama, o horror, o medo, a coragem e o desespero de quem se envolveu na batalha na costa francesa. Em Dunquerque temos desde o militar inglês (Kenneth Branagh) responsável por organizar a evacuação ao soldado anônimo (Harry Styles, da boy band One Direction) que vive o pavor de não saber quando a morte vai chegar; do outro lado do canal, parte o personagem de Mark Rylance (Oscar de ator coadjuvante por “Ponte dos espiões”), um dos inúmeros civis ingleses que partem com seus pequenos barcos para auxiliar na retirada; no céu, Tom Hardy interpreta um dos pilotos da RAF que tentam abater os aviões nazistas antes que eles causem mais perdas.

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O longa, que estreou nos Estados Unidos no último final de semana, tem recebido críticas entusiasmadas, que apontam “Dunkirk” como o melhor filme de Nolan e uma das melhores produções de guerra já feitas, muito graças ao clima de eterna tensão em que vivem os personagens e também pela interpretação do elenco, sem se esquecer das cenas de batalha e dos efeitos sonoros que produzem uma imersão ainda mais poderosa na história – em especial nos cinemas em que o longa é exibido da forma em que foi filmado originalmente, em 70mm e com as câmeras IMAX.

Ao apostar mais nos sentimentos que aterrorizam e barbarizam o ser humano em momentos de desespero que no sangue, nas tripas e nos pedaços de corpos, Christopher Nolan já tem sido visto como um forte concorrente ao Oscar de 2018 por retratar com tamanha crueza emocional um dos momentos mais importantes da Segunda Guerra Mundial, em que aceitar a derrota e fugir do combate foi essencial para virar o jogo a favor dos Aliados e alcançar a vitória sobre os nazistas e as forças do Eixo cinco anos depois.

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Dunkirk
UCI 5 (leg): 13:30, 18:50, 21:10. Cinemais Alameda 3 (dub): 16:00, 21:30. Cinemais Alameda 3 (leg): 18:40. Cinemais Jardim Norte 2 (dub): 16:00, 21:40. Cinemais Jardim Norte 2 (leg): 19:25. Classificação: 14 anos

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