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Receita de família

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Doce de origem portuguesa, o bolo de rolo teria como antepassado o tradicional colchão de noiva, trazido para Pernambuco há mais de 250 anos. Originalmente recheada com nozes, a iguaria ganhou novo sabor quando preparada pelas senhoras de engenho pernambucanas. A goiabada, feita a partir da abundância das goiabas na região, passou a ser incorporada ao recheio do bolo, que, servido polvilhado com açúcar, em 2007, passou a ser considerado patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco.

Os comentários do marido pernambucano sobre o bolo preparado pela avó, tradição de sua casa no chá da tarde, logo despertaram a atenção da juiz-forana Rita de Cássia Correia Alves. Quando visitaram um casal de amigos e provaram a iguaria vinda de Recife, presente do filho dos amigos, Rita e Paulo decidiram aprender a preparar e vender o prato. No começo não foi fácil, mas graças a Deus acertamos e, hoje, já temos uma boa clientela, sendo a procura maior que a oferta, conta Rita.

Segundo ela, o bolo de rolo se difere do rocambole nos ingredientes, na textura e na espessura, pois é feito com várias camadas de massa. A maior dificuldade é definir o tempo de assar, que deve ser preciso para que o trabalho não se perca, diz. O tabuleiro também deve ser especial para o preparo, já que é o que define a espessura da massa. É tradicional servir as fatias bem finas, com 1cm de espessura. Mas os pedaços pequenos para lanche, vendidos em alguns pontos da cidade, têm a medida de 3cm. É difícil se contentar só com uma fatia, comenta.

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Além da goiabada, o casal propõe outros recheios para a massa, como brigadeiro, doce de leite e maracujá. Para acompanhar a sobremesa, o casal sugere ainda sorvete de creme, queijo prato ou queijo do reino.

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