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JF recebe a mostra ‘Ibitipoca’, com fotos de Araquém Alcântara

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Mares de morro: Ibitipoca preserva ecossistema entre a Mata Atlântica e os campos de altitude (Foto: Araquém Alcântara)

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Fauna exuberante: Suiriri-de-garganta-branca (Tyrannus albogularis) (Foto: Araquém Alcântara)
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Um dos olhares mais apurados sobre a natureza brasileira estará presente em Juiz de Fora entre 27 de novembro e 27 de dezembro. Com 54 livros publicados e 32 prêmios nacionais, entre eles o Jabuti, com o livro “Amazônia”, conquistado em 2006, o fotógrafo Araquém Alcântara chega a Juiz de Fora por meio de sua mostra “Ibitipoca – Minas que transformam”, que chega a um dos espaços de arte mais tradicionais da cidade, a Galeria Renato de Almeida, do Pro-Música/UFJF. A exposição busca revelar o charmoso vilarejo de Ibitipoca sob a perspectiva do cotidiano: suas pessoas, suas paisagens, seus animais, indo além do Parque Estadual de Ibitipoca. “São 36 fotos que mostram um pouco do que Ibitipoca é de uma maneira simples e direta”, resume Sergio Bara, que assina a curadoria da mostra.

O trabalho foi focado em três eixos – Pessoas, Fauna e Flora -, e as imagens foram feitas não apenas em Ibitipoca, mas também em localidades no seu entorno, como o povoado de Mogol. “Cada imagem é uma forma de poesia e expressão para trazer experiências de momentos únicos, como a colheita do arroz e as asas abertas de um suiriri-de-garganta-branca, como se louvasse a natureza e agradecesse o presente de estar vivendo ali”, sintetiza Sergio.

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A exposição dividiu os grandes quadros em grupos temáticos baseados nas imagens coloridas e em preta e branco. Haverá duas visitas guiadas com explicação das fotos e do projeto. A primeira será na abertura, dia 27, às 20h, e a segunda, no dia 11 de dezembro, às 14h. Em 2020, a mostra segue para São Paulo, onde ocupará galeria na Funarte. Também será lançado um livro com as imagens.

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Gente da terra: Odete Maria do Carmo Silva é cozinheira desde sua juventude
(Foto: Araquém Alcântara)

Trabalho pela natureza

Araquém Alcântara, 68 anos, é apontado pelos críticos como um dos precursores da fotografia de natureza no Brasil e um dos mais importantes fotógrafos em atuação no país. Desde 1970, dedica-se integralmente à documentação e à proteção da natureza brasileira. Foi o primeiro profissional a documentar todos os parques nacionais do Brasil e a produzir uma edição especial de colaborador para a National Geographic Society, sobre “Bichos do Brasil”. Foi também o primeiro fotógrafo a realizar um ensaio sistemático sobre os ecossistemas e as unidades de conservação do país, trabalho que só finalizou após 22 anos de incessantes expedições pelo sertão do Brasil. Não por acaso, a Tribuna tentou contato com Araquém por telefone, mas foi informada que o artista estava em viagem, “certamente para algum lugar onde fique off-line”. A mostra é aberta ao público, com entrada franca.

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Ibitipoca – Minas que transformam
Abertura nesta quarta-feira, 27, às 18h30, com visita guiada às 20h (e também no dia 11 de dezembro, às 14h). Visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, na Galeria Renato de Almeida – Pró-Música/UFJF (Av. Barão do Rio Branco 2.329 – Centro)

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