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43° edição do Miss Brasil Gay 2025 retorna ao Terrazzo

FOTO FELIPE COURI MISS BRASIL GAY 24 ALLEXA DANTAS 1
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O maior concurso de beleza da comunidade LGBTQIAPN+, sediado em Juiz de Fora, já tem data marcada e local definido. A 43° edição do Miss Brasil Gay retorna ao Terrazzo Centro de Eventos no dia 23 de agosto. Para celebrar 49 anos de história sob o lema da resistência, o evento terá algumas alterações em seu regulamento, com o objetivo de resgatar a essência e as origens que o consagraram. 

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (26), o organizador do evento, Michel Brucce, o diretor artístico e coordenador nacional, André Pavan, e o diretor-geral da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Rogério Freitas, deram detalhes sobre o concurso que elege o transformista mais bonito do país. Neste ano, a disputa acontece entre 27 candidatas, que irão representar os 26 estados do Brasil e o Distrito Federal, além do desfile de trajes típicos e de gala, uma nova etapa foi incluída: a oratória. As candidatas finalistas responderão a perguntas de conhecimentos gerais, com temas sorteados na hora. 

Informações sobre o evento foram divulgadas durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (Foto: Felipe Couri)

Outra novidade é que serão 12 semifinalistas. Desse grupo, serão classificadas seis finalistas, sendo uma delas a vencedora do júri popular, através de votação pela internet. Os jurados também irão votar pelo sistema eletrônico, dando mais agilidade ao processo. Em relação ao tema, André Pavan diz que a palavra é resistência.  

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“São 49 anos de história. No ano que vem, vamos comemorar meio século de vida. E esses anos todos foram de muita resistência. Não é fácil fazer Miss Brasil Gay. Não é fácil a gente vencer todos os preconceitos. Não é fácil a gente lutar contra tudo e contra todos. É um discurso realmente de resistência, de bravura, de quem está aqui para fazer isso acontecer, para combater o preconceito através da arte, da alegria e da beleza”, afirma Pavan. 

No ano passado, o concurso aconteceu no Ginásio Municipal Jornalista Antônio Marcos, e a Miss Allexa Danta, representante do estado de Minas Gerais, levou a coroa para casa. No entanto, o público pediu que, em 2025, houvesse a mudança de local para o Terrazzo, segundo a organização. Além desse requisito, a realização de um evento mais enxuto foi outra demanda dos frequentadores. “Hoje, a vida é corriqueira, queremos algo mais reduzido e, por isso, tiramos a entrada dos jurados e o show de abertura para termos um evento mais compacto”, explica Brucce. A previsão é que a festa reduza de quatro horas para três horas de duração.

O organizador lembrou que, em 2024, houve uma ocupação da rede hoteleira de Juiz de Fora de mais de 90% durante o concurso, com um impacto de R$ 7,5 milhões na economia da cidade. Michel projeta um cenário ainda mais positivo, por conta da programação da Semana da Diversidade, que acontecerá no mesmo período.

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Programação 

O concurso será apresentado pela dupla Ikaro Kadoshi e Sheila Veríssimo. As apresentações artísticas ficarão por conta de Sheron Corrêa; Danny Cowlt; Titiago que se apresentará ao lado de Andréia Andrews; Marcos Marinho, com sua performance Édith Piaf; e Uátila Coutinho, trazendo ao palco a Hellena Borgys, vencedora do reality Caravana das Drags. As festas, que já se tornaram tradição do Miss Brasil Gay, também estão confirmadas. Em breve, a programação completa será divulgada. 

Nos outros anos, o evento contou com a participação de artistas de repercussão nacional, como Pabllo Vittar e Gloria Groove. Segundo o organizador, essa foi uma estratégia para que acontecesse uma renovação de público e, após um aumento de cerca de 2 mil pessoas, hoje a programação retorna para a essência do Miss Brasil Gay, onde os grandes protagonistas são as candidatas. 

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Venda de ingressos 

As vendas de ingressos começam no dia 1º de julho. As compras on-line poderão ser feitas pelo site do concurso ou, presencialmente, no Zine Cultural, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h (Praça Menelick de Carvalho, 150 – Bairro Santa Helena). 

Estarão disponíveis as modalidades: 

Sobre o Miss Brasil Gay 

Em 1976, na cidade de Juiz de Fora, o cabeleireiro Francisco Mota criou o Miss Brasil Gay. O evento é uma competição entre 27 candidatas, onde é eleito o mais belo transformista do país. As principais regras são: os concorrentes devem ser do sexo masculino; não podem ser travestis ou transexuais; proibidas as intervenções cirúrgicas estéticas com prótese (seios e glúteos). O concurso é conhecido internacionalmente e, desde 2007, é patrimônio imaterial do município. 

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