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Músico Chico Curzio morre aos 62 anos

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O músico Francisco Curzio Monteiro da Silva, mais conhecido no cenário musical como Chico Curzio, morreu na madrugada de segunda-feira (25), aos 62 anos. Familiares do artista, que também era médico pediatra e, atualmente, morava no Estado do Rio de Janeiro, informaram que a morte foi causada por complicações de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) sofrido há cerca de um mês. Ainda de acordo com a família, o artista tem entre seus antepassados o Barão da Bertioga, fundador da Santa Casa de Juiz de Fora.

Nascido em Bicas, Chico Curzio atualmente morava no Rio, onde atuava como médico (Reprodução: Facebook)

Em Juiz de Fora, vários nomes do meio artístico lamentaram a morte de Chico Curzio, que, apesar de pertencer a uma família com tradição na medicina e odontologia, sempre teve a música como a principal paixão. “Ele era um super músico, um super médico, um grande ser humano”, diz o músico e compositor Dudu Lima, que começou a tocar com Curzio em 1993, ano do primeiro CD gravado por ele, em parceria com Nico Assumpção.

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“Foi uma experiência maravilhosa, fizemos vários shows. Ele sempre foi um grande amigo, uma pessoa sempre disponível a ajudar, fizemos muitos sons juntos. Ele tocou no meu primeiro CD, ‘Regina’, numa parceria nossa que se chamava ‘Chico’ em homenagem a ele. Fizemos muitos shows em duo depois do lançamento de outro álbum, o ‘Nuances’, em 1995. Ele também gravou comigo no ‘Cordas mineiras’, de 2009.”

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Ainda de acordo com Dudu Lima, os encontros dos dois sempre foram “muito musicais”. “Perdemos um grande músico, e eu perdi um grande amigo, uma pessoa por quem tinha muita consideração e gratidão. O Chico ajudou muito nos lançamentos dos álbuns, em especial no primeiro trabalho. Espero que no plano espiritual ele tenha a paz que merece, pois foi uma pessoa muito especial em todos os sentidos.”

Outro músico a lamentar a perda de Chico e falar sobre sua carreira foi Salim Lamha, que, assim como Curzio, nasceu em Bicas, cidade onde surgiu a amizade entre os dois. “Nossa amizade é de infância, começamos na música na mesma época, lá pelos 12 ou 13 anos, e tínhamos um gosto musical muito parecido. Depois cada um seguiu seu caminho, mas houve um show instrumental que fizemos com o Dudu Lima no MAMM, em 2006, que ensaiamos por dois meses e foi muito elogiado.”

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Salim destaca que Chico Curzio lançou vários álbuns . “Tenho todos, inclusive o ‘Alpendre’, que foi lançado em vinil, e o ‘Arraial de Taboas’, uma homenagem a Bicas.” Ele era muito respeitado pelos músicos de Juiz de Fora e também por artistas internacionais como o John Pizzarelli e o Joe Pass (guitarrista de jazz morto em 2001), que chegou a dar uma guitarra para ele.”

Porém, mais que os elogios, Salim Lamha destaca a figura humana. “Confesso que estou muito abalado, triste, pois era um grande amigo, uma pessoa sensível, do bem, equilibrada e tranquila, que quando estava ao seu lado passava calma e segurança.”

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O produtor cultural Beto Campos, que produziu alguns dos show de Chico Curzio, foi outro nome a falar sobre a carreira do músico. “Ele tinha uma discografia maravilhosa, era um músico brilhante e um dos grandes nomes do cenário instrumental. Fizemos várias parcerias nas produções de shows, como nos projetos ‘Nossa música’ e ‘Planet Music convida’.”

 

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