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Retrospectiva 2024: dois anos da coluna ‘Sem lenço, sem documento’

sem lenço
Dezenas de artistas juiz-foranos já apareceram na “Sem lenço, sem documento” (Foto: Reprodução)
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A coluna “Sem lenço, sem documento” foi proposta em dezembro de 2022 e completa, em janeiro de 2025, dois anos de existência. A ideia era trazer para as páginas dos jornais pessoas comuns que estivessem trilhando seus caminhos dentro da arte de forma marcante e talentosa, mas que ainda estivessem longe dos holofotes e fossem consideradas anônimas pelo grande público.

Desde então, foram dezenas de entrevistados, com matérias que saem de quinze em quinze dias no Caderno Dois, sempre aos domingos. A primeira entrevistada foi Vanda Maria, uma contadora de histórias que também inspirou a vontade de continuar contando as vidas dessas pessoas. E foram muitas histórias marcantes, que inclusive foram se alterando a partir da publicação das reportagens.

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O PretoVivo, por exemplo, que já apareceu na coluna, ganhou neste ano o primeiro lugar na competição de slam de Minas Gerais. Já Amélia do Carmo, que deu entrevista logo que tinha entrado no Varanda, lançou um álbum e vários singles com a banda, chegando a ter, junto com os outros integrantes, mais de sete mil ouvintes mensais. Ela também lançou um livro neste ano. Já Sophia Bispo, uma das primeiras entrevistadas, realizou um dos sonhos que contou na época: estudar jornalismo. Ela atualmente faz o curso na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e trabalha na área.

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Há quem, infelizmente, também tenha deixado Juiz de Fora ao longo deste tempo para alçar outros voos. Por um lado, é bom que desejem expandir seus talentos, aprender e certamente trocar com outros artistas. Por outro lado, fica claro pelas entrevistas que concederam (em que quase sempre aparece a pergunta sobre quais são os desafios de ser artista em Juiz de Fora) que deixar a cidade não era o desejo inicial e que, sim, muitos desses talentos precisaram fazer isso por falta de condições e incentivos para permanecerem aqui.

Caminhos futuros

Durante todo esse tempo entrevistando os artistas e artesãos, já me perguntei se vai chegar a um momento em que a coluna vai deixar de fazer sentido ou que não vamos encontrar mais quem entrevistar. Mas a resposta é que não: sempre aparecem novas gerações produzindo coisas interessantes e artistas que vão se descobrindo com o tempo e a partir de mudanças em suas vidas. Vale lembrar que, se os leitores conhecerem pessoas que acham que devem ter suas histórias contadas, a Tribuna sempre recebe sugestões – seja por meio de comentários nas publicações, no WhatsApp ou pelo e-mail da empresa.

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