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Democratização da cultura: plataforma divulga artistas mineiros

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Com o objetivo de reunir a produção cultural mineira, surge a plataforma Energia da Cultura – Festival Audiovisual de Cultura de Minas Gerais. É uma iniciativa da Casa na Árvore que contou com patrocínio da Cemig. O propósito é dar visibilidade a iniciativas mineiras, promovendo ainda um acervo digital das produções das diferentes áreas: audiovisual, música, teatro, dança, artes cênicas, literatura, memória e patrimônio, inovação para cultura e ações sociais culturais. As propostas são disponibilizadas para serem assistidas gratuitamente no site.

“Democratizar e descentralizar são palavras-chaves no projeto. Todo o conteúdo compartilhado está disponível gratuitamente e foi organizado com um olhar atento e cuidadoso para promover a cultura, o lazer e a educação”, afirma Carina Bismarck, que é diretora-geral do projeto, em nota à imprensa. André Hallak, também diretor-geral, completa: “A ideia do Energia da Cultura surgiu na época da pandemia, como uma plataforma digital para abrigar a produção cultural mineira. Sentíamos falta de um espaço que pudesse reunir um acervo de alta qualidade e relevância, e que apresentasse um panorama da riqueza artística do Estado”.

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Várias convocatórias foram realizadas pela Energia da Cultura. A mais recente foi a primeira edição do “Prêmio da Música Energia da Cultura”, que teve como objetivo impulsionar a produção musical de artistas mineiros. Oito artistas ou bandas vão receber como prêmio a filmagem profissional e a mixagem e masterização de quatro músicas apresentadas na inscrição. As gravações devem acontecer em Belo Horizonte, de 12 a 20 de janeiro. Além disso, cada vencedor recebe R$ 6 mil.

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Outro edital da Energia da Cultura, em sua segunda edição neste ano, é o Iluminando Talentos, que selecionou, de mais de mil inscrições, cem propostas desta vez. Os artistas dividiram R$150mil em premiações, com o intuito de fomentar as artes. Vanessa Lorena Anastácio, Daniel Toledo e Thiago Augusto foram os curadores responsáveis por selecionar as obras, que deveriam ter entre 1 e 15 minutos, nas categorias: artes cênicas, artes visuais, literatura, preservação e valorização do patrimônio imaterial, audiovisual e música.

Juiz de Fora, inclusive, teve quatro residentes que tiveram suas obras selecionadas: Gabriel Bittencourt, Joathan Pires, Pedro Carcereri e Letícia Nabuco. Cada um em uma vertente, apresenta sua arte transposta para o audiovisual. Mas, além delas, é possível conferir ainda as produções de artistas de toda a Minas Gerais, várias linguagens e, inclusive, olhares para os territórios.

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Confira as obras selecionadas de artistas residentes em Juiz de Fora

“Eu não sei costurar, lembra”, de Gabriel Bittencourt 

Em “Eu não sei costurar, lembra”, Gabriel Bittencourt apresenta uma performance audiovisual em que abre as histórias ancestrais de sua família, suas lembranças que foram guardadas na memória e, a partir disso, aponta para o que pretende fazer no futuro, com uma nova trajetória que é a soma de tudo o que veio antes. Gabriel, além de atuar, assina a direção, o texto, o roteiro e a direção de arte. A produção foi feita por Joathan Pires que, junto com ele, formam a produtora Axé Deles.

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Eu não sei costurar, lembra (Foto: Divulgação)

“Omulú”, de Joathan Pires

Joathan aparece também na categoria “literatura”, com “Omulú“. A história, que ganha o audiovisual, contada por um preto velho, recupera a lenda de um menino que queria ser livre e seguiu em busca de seu futuro. Com a mata, em uma vida só, aprende a curar suas feridas. Além de narrar, Joathan também fez a direção e o roteiro, que ganha trilha assinada por Maria Anália.

Omulú (Foto: Divulgação)

“Os sonhos já encontram outro tempo”, de Pedro Carcereri

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Entre a fotografia e o cinema, Pedro Carcereri apresenta “Os sonhos já encontram outro tempo” como uma carta aberta para relembrar sua própria história e de sua família, a partir de fotos antigas. O projeto faz parte de uma série de pesquisas que Pedro vem desenvolvendo desde a pandemia. Ele assina roteiro, direção, pesquisa e montagem do vídeo.

Os sonhos já encontram outro tempo (Foto: Divulgação)

“Praia”, de Letícia Nabuco

A performance “Praia”, que ocupou o Parque Halfeld em fevereiro de 2022, ganha o audiovisual em um vídeo que acompanha a ocupação, que ganhou os holofotes na época e foi alvo de diversas críticas e também apoios. A provocação aconteceu em razão da comemoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna, que ganhou edital específico pela Funalfa, com o intuito de lançar um novo olhar à movimentação. Letícia Nabuco assina a direção da performance, e participa, junto de Janínne Ladeira, João Pedro Azarias, Guilherme Bernardino, Rebeca Lima, Thaís Oliveira, Pedrada, Marco Raphael, Eduarde Saleme, Silvana Marques, Sol Mourão.

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Praia (Foto: Arquivo/TM)

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