Neste sábado (25), acontece o Novembro Negro Muvuka, com o intuito de celebrar o mês da Consciência Negra, no Beco, a partir das 21h30. O evento conta com shows do bloco afro Muvuka, Samba&Curimba e Feira Afro de Economia Criativa e Solidária. Na oportunidade, acontece, ainda, o encerramento do Festival de Composição 2023 “O canto dessa Muvuka é meu”. Os ingressos, que são gratuitos, podem ser retirados no link. No dia, é necessário levar um pacote de absorvente que será doado, através da Casa da Mulher, para mulheres em situação de vulnerabilidade.
O Festival de Composição “O canto dessa Muvuka é meu” surge com o mesmo objetivo que o Muvuka traz em sua essência: estabelecer conexões, celebrar as raízes africanas e difundir a cultura afro-mineira e seus patrimônios imateriais por todo o Brasil. Dessa forma, três edições já foram realizadas. A primeira, em 2021, aconteceu em âmbito regional e tinha como tema o Samba de Congada. Três músicas foram selecionadas. Já na segunda edição, a abrangência foi nacional e 55 composições foram inscritas em duas categorias: tema e poesia. Na poesia, três foram premiados e era obrigatório abordar o universo afro-mineiro e mencionar o Bloco Afro Muvuka. Já em tema, que tinha prêmio único, foi homenageada a Comunidade Negra dos Arturos, patrimônio imaterial de Minas Gerais.
Já neste ano, cinco composições foram premiadas e mais uma nova categoria surgiu, a de voto popular. O tema da vez foi “As folias de Minas”. As premiações vão acontecer no evento deste sábado, em que as composições vão ser apresentadas. Todas elas fazem parte do repertório do Muvuka para o carnaval de 2024 e, ainda, vão compor um EP a ser lançado em 2024.
Escolher este mês para apresentar as músicas ganhadoras é emblemático porque marca a luta contra a descriminação racial e a desigualdade social. “Através da música e da arte, o festival ‘O canto dessa Muvuka é meu’ busca construir um sentimento de identidade nacional que reconheça e celebre a pluralidade. Esta celebração da diversidade, enraizada no respeito e na tolerância, vê as diferenças culturais como riquezas a serem valorizadas e não como divisões”, afirma Rick Guilhem, coordenador e idealizador do Muvuka.
Ele ainda conta que a ideia é que o Novembro Negro Muvuka seja ainda maior, ocupando outros espaços, inclusive outros dias do mês, aumentando o número de expositores da Feira Afro de Economia Criativa e Solidária e trazendo mais mestres da cultura afro-brasileira para a cidade, com o intuito de atrelar laços e seguir na formação. Rick ainda reforça que a procura por patrocinadores e parceiros é contínua, para que haja esse crescimento e que o evento seja fortalecido a cada ano.
Leia mais sobre cultura aqui