A história de Drácula, escrita pelo irlandês Bram Stoker, foi publicada pela primeira vez em 1897. Naquele momento, ele se inspirou no príncipe romeno Vlad III, que se tornou conhecido por utilizar métodos cruéis de tortura contra os seus inimigos e não poupar ninguém das práticas escabrosas. Além de fazer mutilações, decapitações e empalamentos, diziam que ele também bebia o sangue de suas vítimas para comemorar o triunfo. Dessa forma, o escritor aproveitou a lenda para criar o personagem que seria, até os dias de hoje, a representação mais famosa e conhecida de um vampiro.
Já foram diversos filmes, séries e até jogos inspirados por essa narrativa – que parece nunca se esgotar. Em “Drácula: a última viagem do Demeter” a proposta é recuperar a história de um dos capítulos mais aterrorizantes do livro, em que uma embarcação que saia da Bulgária para Londres acaba transportando o vampiro.
Esse é o capítulo “Diários do Capitão”, e a adaptação gira em torno principalmente do personagem Clemens (um médico que sobe a bordo pouco antes de sua partida), o capitão Elliott (responsável por guiar a tripulação), Toby (a única criança da embarcação e neto do capitão) e Anna (uma mulher que está com uma infecção sanguínea que precisa ser tratada e é considerada uma “intrusa” no navio). A viagem tem como objetivo justamente transportar cargas pesadas em caixas vindas da Romênia e, dentre elas, está uma em que há o caixão de Drácula.
Logo que a viagem começa, a tripulação percebe que não está sozinha, já que diversos animais que os acompanhavam aparecem mutilados e com mordidas suspeitas. Em seguida, vários homens também começam a desaparecer, e o clima de terror vai se instaurando no filme, enquanto os personagens ainda estão muito longe de avistarem a costa. Nenhum dos passageiros tem para onde ir, já que estão em mar aberto, tornando todo o longa claustrofóbico e com altos níveis de tensão.
Quando Drácula se revela totalmente para os passageiros, a personagem Anna o reconhece das lendas que escutou durante toda a sua vida. Ela tenta alertar a todos, mas parar o vampiro parece cada vez mais difícil. No longa, vale ressaltar que Drácula é uma versão menos “charmosa” do que a proposta em várias adaptações, tendo dessa vez asas de morcegos, uma cara completamente desfigurada e monstruosa e um corpo cinzento.