Tanto a música clássica quanto a antiga sempre oferecem novas possibilidades de formações de instrumentos, que podem fugir das tradicionais orquestras ou quarteto de cordas, por exemplo. Entre elas está a proposta do Quarteto BH Trompas, que se apresenta nesta terça-feira (25), às 20h, na Igreja São Sebastião, no Centro. A apresentação faz parte da programação do 28º Festival Internacional de Música Colonial e Música Antiga.
O grupo se formou há pouco mais de três anos e é resultado de uma reunião de amigos, no caso os músicos Gustavo Garcia Trindade, José Francisco dos Santos, Priscila Viana e Lucas Filho, que decidiram formar um grupo de câmara com uma proposta pouco usual, dando início ao quarteto de trompas. Para o concerto, eles interpretam músicas de vários períodos, indo do barroco (coros, madrigais) ao contemporâneo, abrindo espaço para o jazz e o blues.
“Parte do programa tem nosso repertório, mas algumas peças, em especial do período barroco, foram selecionadas em função do festival, explica José Francisco dos Santos. Dessa forma, o público poderá conferir interpretações de peças como “Ricercar”, de Giovanni Gabrieli, composição instrumental do período entre a Renascença tardia e o início do Barroco, o madrigal “Madrigals”, de John Bennet, publicado no final do século XVI, e composições para quartetos de trompas compostas de Alexander Mitushin e Kerry Tunner.
“Tocaremos peças originais para os quartetos de trompas e também peças oriundas de transcrições de composições do período barroco para madrigais e corais. É complicado fazer essa transcrições, mas há músicos especializados nessa tarefa”, explica José Francisco. “Formações como a nossa não são comuns, e o festival é uma oportunidade para o público conhecer o instrumento e suas qualidades, desafios e limitações.”
Quarteto BH Trompas
Nesta terça-feira (25), às 20h, na Igreja São Sebastião (atrás do Parque Halfeld)