No próximo domingo (25), o Bairro Grama, na Zona Nordeste de Juiz de Fora, vai receber a 2ª edição do Sarau do Sararau, promovido pelo coletivo Sararau Crioulo. A batalha de slam vai premiar o primeiro e o segundo lugares com, respectivamente, R$ 200 e R$ 100. Além disso, o evento vai deixar o microfone aberto para o público se expressar. O sarau começa às 14h e vai até às 18h.
O evento é realizado em parceria com a produtora Damata Cultural e por meio do apoio do edital Quilombagens 2023 da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). O primeiro Sarau do Sararau aconteceu de forma virtual, durante a pandemia de Covid-19, quando os integrantes do coletivo resolveram promover uma série de atividades para recitar poesias junto com outros artistas.
“Como somos parte da cultura hip-hop, decidimos a cada evento dar foco em um elemento diferente deste movimento. Já contamos com batalhas de MC, Batalhas de Break, Slam e sempre damos premiações para os campeões”, explica o coletivo.
O objetivo do coletivo é realizar, ainda neste ano, quatro edições do sarau em praças de diferentes zonas de Juiz de Fora. No final do projeto será organizado um show do Sararau Crioulos, no qual todos os ganhadores desses eventos também vão se apresentar.
O slam do Sararau Crioulo
“Somos um grupo de poetas que vivem o que escrevem.” Essa é a definição do coletivo Sararau Crioulos, que teve início em 2018, a partir de um projeto de slam interescolar. Em 2019, o grupo realizou mais de 150 apresentações de poesias. Após um hiato de eventos presenciais por causa da pandemia, o coletivo voltou com os shows em 2022 com a primeira edição presencial do sarau.
Atualmente, o grupo é formado pelos poetas Igor Braz, daLagoa, Tay, Cigana, PretoVivo e Sophia Bispo. Mais da metade dos integrantes já participaram de Slams estaduais e um deles, o Igor Braz, competiu no Slam BR, representando o Estado de Minas Gerais. “Nossa jornada não é muito longa, mas é eterna”, comenta Igor.
O nome do coletivo surgiu da música “Olhos Coloridos”, popularizada na voz de Sandra de Sá, juntamente com a palavra “sarau”, que, segundo o grupo, é uma forma das pessoas se encontrarem para se expressar artisticamente sem que haja disputa. “Isso demonstra o nosso caráter não competitivo internamente, somos um grupo/coletivo de poetas independentes que acima de tudo colaboram entre si.”
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