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Para se sentir em casa

Dezenas de artistas têm trabalhos em exposição na CasAbsurda. Foto: Felipe Couri
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Há um lugar quase escondido ali no Granbery, no finalzinho da Rua Barão de Santa Helena, em que os artistas de Juiz de Fora – em particular muitos que estão fora do radar – podem apresentar seus trabalhos, serem (re)descobertos, aproveitar o espaço para criar, conhecer seu público e outros colegas de ofício. Por consequência, é um espaço de mão dupla, em que o público pode conhecer a diversidade da fauna artística que está por aí, fazendo sua parte.

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Este lugar é a CasaAbsurda, espaço cultural que vem fazendo sua parte para agitar o mundinho cultural de JF City há cinco anos com vários eventos. Um deles é a ECCA (Exposição Coletiva CasAbsurda), que terá sua sexta edição neste sábado (24), a partir da 15h, reunindo num mesmo espaço pintura, ilustração, fotografia, música, escultura, gastronomia, artesanato e moda. E isso talvez seja só o começo.

 

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Para esta edição, a ECCA terá exposições de Cadu Gloobmund, Thiago Britto, Fernando Fazio, Boscone, Tiago Diniz, Giovanna Tintori, Thiago Assis (de Carangola) e também do pessoal da Cia. Santa Corja, que aproveita para divulgar a estreia de sua peça, “#Trintei”, que acontece no mesmo dia no Espaço OAndardeBaixo.

 

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Na parte musical, Hugo de Castro realiza um pocket show, e o DJ Everton Beatmaker fica responsável pelos sets dançantes de soul music e hip-hop. Também haverá bancas de artesanato total, venda de roupas produzidas por gente da terra, gastronomia para quem quiser alimentar o corpo e cerveja artesanal.

 

Um dos expositores desta edição – e também residente na CasAbsurda com outros quatro artistas e/ou colaboradores, Cadu Gloobmund explica que o local tem por princípio abrir espaço para os artistas locais, sendo conhecidos ou não. Muitas vezes, que só colocam a cabeça pra fora da casinha quando ganham aquela “forcinha”.

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“Há artistas que estão escondidos por aí, então queremos esses trabalhos que não estão em galerias. Aqui é um espaço para essa galera independente”, diz, salientando que a CasaAbsurda abre espaço, ainda, para que essa turma deixe suas obras para serem vendidas, utilizando a pequena galeria informal que existe na – por assim dizer – sala de estar, onde se encontra de tudo um pouco: pinturas, ilustrações, sketch books, produtos de decoração, arte digital, toy art, cartões postais, fotografias.

 

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“Procuramos incentivar o artista a produzir, instigamos quem estava parado a participar das edições da ECCA. Falamos para ele ‘olha, queremos que você participe da próxima edição’; aí o cara vai lá, produz para a exposição. Muitos voltaram à atividade”, comemora.

 

A primeira edição da ECCA aconteceu em outubro do ano passado, e, desde então, mais de 30 artistas já participaram do evento. Segundo Gloobmund, apena uma das edições foi temática, dedicada às mulheres. Nas demais, não são definidos critérios temáticos para os convites. “Procuramos quem tem algo a mostrar”, acrescenta Gabriela de Morais, outra moradora da CasAbsurda.

Portas abertas

Foto: Felipe Couri

 

Esse incentivo é reforçado com a abertura gratuita da casa toda quarta-feira, a partir das 17h, para o público conhecer o espaço e os artistas se encontrarem por lá. É o dia em que é realizado o chamado Mesão de Desenho, em que os artistas podem aproveitar as instalações da CasAbsurda para produzir, realizar reuniões, conhecer gente e ter novas ideias.

 

“Boa parte dos artistas convidados para a ECCA veio do Mesão, como Thiago Assis e Tiago Diniz”, exemplifica Gabriela. “Alguns grafiteiros que produzem para a CasAbsurda indicam os alunos para virem até aqui, eles conhecem o espaço e também passam a produzir”, arremata Gloobmund.

 

Eventos para todos

Foto: Felipe Couri

Antes de a CasAbsurda ser o que é, havia uma república de estudantes, que alugou o espaço há sete anos. Segundo Cadu Gloobmund, as cabeças que por ali rondavam tinham a vontade de tornar o lugar um espaço que também abrigasse atividades culturais. E tudo começou com a Roda Absurda, encontro de MCs que acontece até hoje.

A partir daí, foi sendo criada e produzida uma série de eventos que chamam a atenção de vários segmentos culturais da cidade. Dentre os tradicionais da Casa, estão a ECCA, a Roda Absurda, o Festival Absurdo (que rola de 7 a 9 de julho) e a terceira edição do Graffiti Absurdo (12 de agosto).

 

Mas o local abre espaço para outras atrações como a Oficina de Colagem com Hannah23 (27 de agosto), o Dub na Horta (15 de julho), com show de Nagô Reggae Instrumental, mais saraus de poesia, shows em geral, lançamento de CDs e livros, batalha de hip-hop e outras atividades que caibam nos muros e paredes grafitados da CasAbsurda – e que podem ir além.

 

“Estamos desenvolvendo um projeto com alguns artistas, em que oferecemos a eles telas 30x40cm para que produzam seus trabalhos. Nosso objetivo é expor esses trabalhos temporariamente em outros espaços para vender e divulgar. Eles ficariam por cerca de dois meses e depois seriam trocados por outras obras”, explica Gloobmund.

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