O Forum da Cultura recebe nova temporada da mostra “Navegar é preciso”. A exposição temática, no Museu de Cultura Popular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), traz uma jornada pelos mares da história brasileira. Os itens ficarão em exibição até o dia 2 de fevereiro. As visitas são gratuitas e podem ser feitas de segunda a sexta, das 10h até às 19h.
Com mais de 30 peças, a mostra explora as diversas embarcações, que, além de serem atraentes representações artísticas, desempenharam um papel crucial na construção da história e cultura do Brasil. A exposição apresenta itens confeccionados por diferentes artesãos, como canoas, barcos, navios e caravelas. Desde as grandes embarcações e navegações portuguesas, até as modestas canoas em riachos, a mostra traz o transporte aquático como testemunha das transformações da civilização.
Detalhes
“Navegar é preciso” se sobressai quanto a riqueza de detalhes nas peças exibidas. A reprodução em miniatura da nau “Padre Eterno”, com 80cm de comprimento, se destaca nesse quesito. Criada em homenagem aos 500 anos da descoberta do Brasil, no ano 2000, o item foi cuidadosamente confeccionado e, na mostra, conta com uma iluminação especial, atraindo os olhares.
Regionalismo
A exposição não se limita às grandes navegações, ela também passeia nas águas doces que percorrem o interior do país. Miniaturas de canoas e barcos utilizados por populações indígenas e ribeirinhas resgatam o regionalismo e a diversidade das vias fluviais.
Dessa forma, o Rio São Francisco é lembrado através das ‘gaiolas’, barcos a vapor com enormes rodas d’água, que possibilitaram o transporte não só de cargas e pessoas, mas, também, histórias. Essas embarcações, além de utilitárias, são portadoras de lendas, como a misteriosa “Gaiola encantada”, que ainda perambula pelas águas do Velho Chico, segundo relatos de pescadores e moradores ribeirinhos.
Das costas nordestinas, a exposição traz as simbólicas jangadas, testemunhas antigas da história brasileira. Utilizadas por gerações de pescadores para sustento e navegação, as miniaturas expostas revelam a beleza singular dessas estruturas, suas cores e formas.
Originárias de diversas cidades como Juiz de Fora (MG), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Recife (PE), Januária (MG), Pirapora (MG), São Francisco (MG), Três Rios (RJ), Paraty (RJ), Guaratinguetá (SP), João Pessoa (PB) e Crato (CE), as obras apresentam uma diversidade de materiais, como tecido, madeira, linhas, ossos de peixe e conchas.
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