Nesta quarta-feira (23), a exposição ‘Secreta Geometria da Natureza’, do pintor Paulo Symões, chega à galeria de Arte Tronco, no Bairro São Pedro, e fica no espaço até o dia 23 de setembro. O artista já tem mais de 60 anos de carreira, e por isso traz dez obras que foram feitas ao longo dos anos e em períodos diferentes da sua trajetória enquanto pintor, todas utilizando técnica de tinta acrílica sobre tela e papel. Seu trabalho, desde cedo, se volta para as plantas e vegetais da natureza, por serem o que “estava no jardim” de sua casa e serem grandes fontes de inspiração.
O objetivo do artista é trazer, por meio de seus traços, um olhar sensível para o que cada um dos elementos da natureza desperta, inclusive em relação às formas enigmáticas que surgem em cada detalhe. A mostra é uma continuação da última exposição individual de Paulo Symões, que aconteceu no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Ele já reside na cidade carioca há anos, mas é nascido em Juiz de Fora e afirma se orgulhar das origens. “A minha ligação com Juiz de Fora é intensa. Foi muito importante na minha vida artística toda essa formação na cidade, principalmente pela tradição de relação com a pintura. Eu cresci em um meio de intelectuais e artistas”, afirma. Ele também conta que sempre se apresenta como um artista mineiro e lembra que logo no início da carreira ganhou uma medalha de prata no salão de arte promovido pelo município.
A escolha pelas plantas e vegetais veio pela proximidade que estava, mas também pelo fascínio. Logo que começou a pintar o que via da natureza, percebeu que era um bom caminho: “Me agradou tanto que peguei como mote para a minha criação”. No entanto, ao longo dos anos, ele também trabalhou com gravuras, que estão sendo trazidas também em seu caderno pessoal. Sobre a exposição, ele afirma que há obras que foram feitas em 1979, assim como outras que foram feitas recentemente. O que importa, em sua visão, não é a data escrita no canto da tela. ” O tempo e a idade não importam muito, porque a intenção sempre são as mesmas”, afirma.