Depois de um jejum de seis anos, a banda mineira Basement Tracks lança o single “Neon mirror”, nesta sexta-feira (23), nas plataformas digitais. A música chega como forma de anunciar o novo álbum, “Midnight show”, que tem previsão de lançamento em maio. Nesta sexta, ainda, eles fazem um show no Maquinaria, a partir das 21h.
Basement Tracks nasceu em 2013, em Juiz de Fora. Inicialmente, a proposta era que ela fosse criada como um projeto de estúdio. No entanto, logo tomaram os palcos, sobretudo em shows imersivos tanto na cidade natal do projeto como em algumas capitais do sudeste.
O último álbum lançado foi “Rave on”, em 2018. O trabalho foi responsável por reunir uma audiência ativa, principalmente aquela que mais se aproxima da psicodelia. “Se nos colocasse contra a parede, diria que temos um pé no Rock Alternativo e outro no Pop Psicodélico Esquisito”, brinca Ruan Lustosa, guitarrista da Basement Tracks.
Já Victor Fonseca, vocalista e guitarrista da banda, que assina a letra da faixa lançada nesta sexta, fala sobre esse ensejo da produção musical do disco: “Foi mais uma série de adversidades e contratempos do que uma decisão pré-concebida. Acredito que nossa paixão por discos gravados fora de estúdios profissionais, em lugares mais confortáveis, juntamente com uma vontade antiga de entregar as músicas da maneira exata como havíamos pensado, foram os fatores determinantes”.
Processo doméstico da Basement Tracks
As sessões de gravação do trabalho novo da Basement Tracks aconteceram durante a pandemia, de forma doméstica. Ao contrário de outros trabalhos da banda, nesse, eles afirmam que não houve tanta pré-produção. “Criamos bem mais na hora de gravar. Pegávamos um esqueleto e transformávamos em música”, afirma Ruan.
Também presente no trabalho, Victor fez sua estreia na pós-produção e conta que precisou aprender esse processo “na marra”, que mesclou “pesadelos técnicos” e “luminosas descobertas” até chegar ao caminho desejado pela Basement Tracks.
Em “Neon mirror”, os integrantes afirmam que bebem de Lux Prima, War On Drugs, Air e Pond, alguns favoritos declarados do grupo, para criar a faixa, que, além disso, exprime inclusive o processo que resultou na concepção do disco.
Além de Victor, Ruan, Rodrigo Baumgratz (baixo), Lucas Duarte (bateria) e Ruy Alhadas (teclado), que formam a Basement Tracks, a faixa teve participação de Stéphanie Fernandes, na voz, e Pedro Baapz, nos synths.