Ícone do site Tribuna de Minas

‘Circo de baratas’ volta a ser encenado em Juiz de Fora

capa circo de baratas berbardo traad divulga
circo de baratas berbardo traad divulga
Cia. Trem quer levar peça a outras cidades e festivais. (Foto: Bernardo Traad)
PUBLICIDADE

A Cia. Trem volta a provocar reflexão sobre a condição humana, em especial nas situações mais degradantes, com a reapresentação do drama psicológico “Circo de baratas”. O texto de Tarcízio Dalpra Jr., que ganhou adaptação apresentada em dezembro no Espaço OAndarDeBaixo, ganha nova minitemporada neste final de semana, com apresentações de sexta-feira (23) a domingo (25), às 20h, no Museu Ferroviário.

A história, encenada no cubicular espaço de 2,50m x 2m, mostra o duro cotidiano de dois presos, Sinésio Mariano (Luís Gustavo Mandarano, que também assina a direção) e Tatu (Sandro Massafera), que precisam dividir uma solitária. Enquanto este cria um circo de baratas, repetindo num cenário micro o seu próprio calvário, Sinésio tem o poder de sonhar com os resultados do jogo do bicho, que são usados pelo carcereiro Corrêa (Leonardo Cunha), único contato dos dois com o mundo exterior, para ganhar algum dinheiro. É dessa relação de interdependência entre o trio que se cria um microcosmo que faz o público refletir a respeito de várias facetas do ser humano.

PUBLICIDADE

Após uma breve pausa, o espetáculo retorna – de acordo com Mandarano – com algumas mudanças. “Uma questão é que não queríamos repetir o que já foi feito no Espaço OAndarDeBaixo. Adoramos o lugar, mas buscamos o desafio de adaptar a peça para um novo espaço, com uma nova distribuição da plateia, até porque queremos ir para outras cidades, que terão outras configurações”, explica o diretor, acrescentando que o texto e a interpretação também passaram por ajustes, que incluem, por exemplo, até mesmo a entonação das falas.

PUBLICIDADE

“O texto é muito rico, com inúmeros quebra-cabeças. Mudamos algumas coisas para essas novas apresentações, pois revivemos o texto a cada vez que o interpretamos e não temos medo de mudar. Se tiver algo que agradava e não agrada mais, mudamos; se passamos a gostar mais de outra coisa, mudamos também. Quem assistiu (à peça) em dezembro vai ver coisas diferentes, outras mais ou menos sólidas, mais abertas à interpretação.”
Além das apresentações deste final de semana, a Cia. Trem já se articula para levar “Circo de baratas” para outras cidades e festivais de teatro. Segundo Luís Gustavo, a companhia já produziu material a fim de agregá-lo à inscrição para os festivais. Já receberam também convites para viajar com o espetáculo por parte de gente do meio teatral que conhece o trabalho dos integrantes da Cia. Trem.

Circo de Baratas
Dias 23 24 e 25 de fevereiro, às 20h, no Museu Ferroviário (Avenida Brasil 2001)

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile