Os filmes “Anora” e “Conclave” chegam aos cinemas de Juiz de Fora nesta quinta-feira (23). Ambos estão concorrendo aos principais prêmios de cinema do ano, e estão também cotados para receber a tão esperada indicação ao Oscar pelas produções. Enquanto o primeiro, dirigido por Sean Baker, conta a história de um romance entre uma acompanhante norte-americana e um jovem bilionário russo, o segundo filme, de Edward Berger, apresenta um thriller político sobre a escolha de um novo papa pelo Vaticano. Com propostas bastante diferentes e igualmente instigantes, os filmes estreiam já com grande expectativa e com a promessa de agitar a vida do cinéfilo em janeiro.
Confira abaixo sobre o que tratam os filmes, alguns dos mais esperados do ano.
‘Anora’ ganhou Palma de Ouro em Cannes
O filme “Anora” ganhou a Palma de Ouro em Cannes, título mais importante da premiação francesa. O filme se propõe a apresentar um “conto de fada às avessas”, em que uma profiossinal do sexo e dançarina de boate, chamada Anora, é convidada para atender a um dos clientes russos por ter ligeiro domínio do idioma. A partir desse momento, os dois embarcam em uma aventura que envolve drogas, bebida, diversão, sexo e perigos, até que resolvem se casar em Las Vegas para garantir a permanência do jovem nos Estados Unidos.
Quando os pais de Ivan descobrem que ele se casou com essa mulher e que está evitando voltar para a Rússia e trabalhar para o pai, no entanto, vão fazer o que for preciso para separar o casal. Ricos por motivos obscuros, eles mandam seus capangas para resolver o assunto, e a partir desse momento, o casal passa a ter que enfrentar todo tipo de desafio para sobreviver. A premissa simples, no entanto, tem chamado a atenção pela forma que se desenrola e que trabalha os desafios da vida real, ao mesmo tempo que mantém as nuances do relacionamento entre os protagonistas.
O diretor do filme já é conhecido por obras como “Tangerine” (2015), “Projeto Flórida” (2017) e “Red rocket” (2021). A atriz que interpreta Anora, Mikey Madison, precisou se preparar fazendo aulas de pole dance, aprendendo russo e chegou até a frequentar os estabelecimentos de acompanhantes para dar profundidade à protagonista. Ela também está sendo cotada para o prêmio de Melhor Atriz no Oscar, e é a primeira vez que protagoniza um filme desse porte.
‘Conclave’ investiga bastidores do catolicismo
Pouco se sabe o que acontece entre o momento em que um papa morre e a hora em que outro religioso é escolhido para assumir o seu lugar. Ou pouco se sabia, antes do best-seller homônimo do autor inglês Robert Harris. O filme “Conclave“, dirigido pelo já premiado cineasta alemão Edward Berger, também se aprofunda sobre todo esse mistério, com a ajuda de especialistas, para tentar entender mais esse momento tão importante.
O filme acompanha o processo de escolha de um novo papa e toda a campanha política (que se aproxima de uma verdadeira guerra) formada para escolher um sucessor. Tratando-se da igreja católica, ainda, os bastidores envolvem a busca por moralidade e permanência de símbolos.
Tudo isso parece ameaçado quando Benitez, um cardeal mexicano, volta de uma missão no Afeganistão e vai participar do conclave. Mas a veracidade do seu relato e até a sua sanidade também passam a ser questionadas – até que o cardeal Thomas Lawrence, responsável por garantir a segurança dessa escolha, autoriza que ele participe da corrida eleitoral. O que se dá a seguir promete ser uma disputa política de tirar o fôlego.
