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‘Tocam os sinos’: mostra resgata tradição dos presépios

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Os visitantes vão encontrar presépios feitos com diferentes técnicas e materiais, como cerâmica, madeira, palha de bananeira, conchas, bolinhas de gude, massa de pão e até mesmo rocha vulcânica (Foto: Divulgação)
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O Forum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriga uma exposição natalina com presépios no Museu de Cultura Popular. Estão sendo exibidas diferentes representações do nascimento de Jesus Cristo, criadas por artesãos de diferentes localidades. São mais de 70 presépios selecionados para esta mostra, chamada “Tocam os sinos”, e que está aberta ao público de forma gratuita até dia 5 de janeiro de 2024, de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. Nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, o local não irá funcionar devido ao recesso das festas de fim de ano. Entre os dias 26 e 29 de dezembro, o Forum funciona apenas entre 10h e 18h.

Inspirada pelas comemorações de dezembro, o título da mostra remete justamente à chegada do período natalino. No espaço, os visitantes podem visualizar presépios feitos com diferentes técnicas e materiais, como cerâmica, madeira, palha de bananeira, conchas, bolinhas de gude, massa de pão e até mesmo rocha vulcânica. As peças foram feitas em diferentes cidades brasileiras, como Alto do Moura (PE), Aparecida (SP), Belo Horizonte (MG), Caruaru (PE), Divinópolis (MG), Juiz de Fora (MG), Piúma (ES), Rio Negro (PR), São Paulo (SP) e Turmalina (MG), mostrando também a diversidade do artesanato local. Também foram selecionados presépios de fora do país, trazendo peças internacionais da Bolívia, Equador, Itália, Peru e Polônia.

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Um dos destaques da exposição é o presépio indígena brasileiro, que traz elementos tradicionais de diferentes povos originários do país, fazendo ainda um paralelo com o típico presépio cristão. Nessa obra, todos os personagens são indígenas, com seus traços e vestuários marcantes típicos, enquanto os presentes costumam ser representados por itens vindos da natureza. Para compor a representação, ainda aparecem animais da fauna brasileira, como o jabuti, a anta e a onça-pintada.

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(Foto: Divulgação)

A tradição dos presépios

A tradição dos presépios, que é recuperada nesta exposição, tem uma longa história de existência e importância própria. Em 1223, Francisco de Assis, frade católico que mais tarde se tornou santo pela Igreja, resolveu preparar uma montagem em uma gruta na Itália – apesar de, na época, a representação litúrgica não ser permitida. Ele, então, pediu a autorização do Papa para o feito, com a intenção de relembrar o povo do nascimento de Jesus Cristo.
A montagem dos presépios busca, então, homenagear este momento, e traz diferentes recursos para representar a cena do nascimento. É comum que apareçam a humilde estrebaria em Belém onde Jesus Cristo nasceu e traz as figuras que estiveram presentes nesta história, como o menino Jesus, a Sagrada Família, os três Reis Magos, os pastores, a estrela, os anjos e os animais do estábulo.

Ao longo dos séculos, essa tradição do presépio foi se fortalecendo e se espalhando, tendo também diferentes estilos e efeitos. Além disso, os presépios passaram a habitar diferentes lugares, sempre com o objetivo de trazer uma mensagem de paz, fé e esperança. No Forum da Cultura, essa exposição também se tornou uma tradição, já que ocorre todos os anos desde 1988, quando o professor Antônio Weitzel, que dirigiu o Museu de Cultura Popular por alguns anos, teve a iniciativa de iniciar as exibições no final do ano para festejar o Natal.

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