“Tipos de gentileza“, o novo filme do diretor grego Yorgos Lanthimos, chega aos cinemas nesta quinta-feira (22). O longa é o trabalho mais recente do cineasta desde “Pobres criaturas” (2023), que teve grande repercussão internacional e resultou em alguns prêmios no Oscar e no Festival de Veneza, e marca um retorno do diretor para histórias ainda mais bizarras. A obra é uma antologia de três histórias independentes, que tematizam a gentileza, controle, livre-arbítrio e sexualidade. A trama traz para o foco situações que podem parecer totalmente rotineiras, mas que passam a ter desenrolares perturbadores e que conversam entre si, se olhadas com cuidado. A parceria entre Lanthimos e Emma Stone retorna mais uma vez, e promete surpreender os espectadores de novo.
Na primeira das narrativas do filme, o personagem Robert é um homem que vive de forma regrada e totalmente determinada por seu chefe. Ele segue um roteiro do que deve comer, como se vestir, com quem deve falar e como agir. Mas, quando recebe uma ordem bem radical, precisa tentar romper esse ciclo vicioso, e acaba se voltando contra o chefe – o que gera uma série de problemáticas em sua vida.
Já na segunda história, um policial é casado com uma pesquisadora de recifes e os dois vivem uma vida pacata juntos. A única exceção é que, durante algumas noites, os dois gravam orgias com um casal de amigos. Tudo muda entre os dois quando ela desaparece em uma de suas expedições, e ao retornar está bastante diferente do que era antes, levantando todo tipo de desconfiança.
A última das narrativas de “Tipos de gentileza”, e também a mais longa entre as três, conta a história de dois missionários de um culto bizarro. Os participantes da seita buscam um messias que seria capaz de ressuscitar os mortos. Para conseguir participar desse grupo, é preciso se manter sempre “puro”, e quando uma das participantes é estuprada, precisa lidar com a rejeição do grupo.
Diretor de ‘Tipos de gentileza’ é conhecido por histórias estranhas
O diretor Yorgos Lanthimos, de “Tipos de gentileza”, é conhecido por trazer histórias estranhas e narrativas que fogem bastante do comum em suas obras. Filmes como “Dentes caninos”, “Kinetta” e “Alpes” foram alguns dos filmes que ele fez ainda na Grécia, e que deixavam ainda mais à tona essa vontade do diretor de explorar situações extremas. Quando foi para Hollywood, a partir da obra “O Lagosta”, no entanto, o diretor continuou bem longe do convencional, e obras como “O sacrifício do cervo sagrado” e “A favorita” fizeram sucesso pelos textos cortantes e surrealismo.