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‘Círculo de Fogo: A revolta’: uma continuação monstruosa

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Uma nova geração de Jaegers é a principal atração de ‘Círculo de Fogo: A revolta’ (Foto: Divulgação)
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“Círculo de Fogo: A revolta” chega aos cinemas nesta quinta-feira (22), e deveríamos agradecer a Guillermo del Toro por isso, mas quis o destino que a alegria se transformasse em apreensão com todos os problemas que a produção enfrentou. Por isso, que se fale primeiro do que era alegria antes do novo filme em si. O cineasta mexicano é um cara legal por inúmeros motivos, e um deles é saber levar para o cinema caminhões de histórias abarrotados pelas memórias afetivas da cultura pop que acumulou durante a infância e adolescência em sua terra natal.

O resultado são filmes como “O labirinto do Fauno”, “A colina escarlate” e o vencedor do Oscar “A forma da água”. Mas “Círculo de Fogo” merece carinho especial dos fãs, afinal o longa lançado em agosto de 2013 era uma baita homenagem aos seriados japoneses que ele assistiu quando pequeno.

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Sabe aquelas histórias em que a humanidade constrói robôs gigantes para lutar com monstros malvados? Pois del Toro deixou muito nerd por aí feliz até dizer chega (mentira, pois nerd que se preza assiste às inúmeras reprises do filme na TV) ao fazer um dos melhores blockbusters com cara de filme B de todos os tempos, em que os governos da Terra precisaram construir gigantescos robôs, os Jaegers, para defender a raça humana dos Kaijus, monstros que surgiam de uma fenda interdimensional no Oceano Pacífico e davam um rolê mundial destruindo o que viam pela frente. E não faltaram referências clássicas a produções do tipo, como o soco-foguete e o “botão espada”. Só coisa linda.

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Uma continuação que quase não saiu

Hora então de falar do medo e apreensão a respeito de “Círculo de Fogo: A revolta”, que por pouco não ficou na promessa. Sabe-se lá o motivo, mas o longa não teve o sucesso merecido e acumulou US$ 411 milhões na bilheteria mundial. Mas mesmo assim foi o suficiente para a produtora Legendary partir para uma continuação, graças aos mais de US$ 100 milhões faturados no mercadinho chinês. A princípio, claro, foi só alegria, a “nerdaiada” queria ver mais e mais Jaegers e Kaijus trocando socos e sopapos, mas sempre há uma boa notícia que precisa ser seguida pelo “mas…”, e são muitos os “mas…” nessa jornada.

O longa seria rodado ainda em 2015 para ser lançado em abril de 2017 e teria Maisie Williams (“Game of Thrones”) no elenco. Guillermo del Toro já havia escrito um novo roteiro, estava pilhado para tocar o barco, e aí a Legendary adiou o início das filmagens, foi vendida para a chinesa Wanda Group e decidiu postergar os trabalhos em quase um ano. Daí que del Toro perdeu a paciência, afinal não estava a fim de ficar à toa e decidiu filmar o que ele chamava de “pequeno filme”, um tal de “A forma da água”, e as agendas não batiam mais.

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Enquanto o mexicano preparava o longa que lhe daria o Oscar de melhor diretor, a Legendary arrumou a casa e contratou Steven S. DeKnight, produtor da série do Demolidor na Netflix, para dirigir a sequência. Ele escreveu o roteiro a oito mãos, com Emily Carmichael, Kira Snyder e T.S. Nowlin.

Do elenco original, Charlie Hunnam ficou de fora também por motivos de agenda, enquanto Idris Elba não retorna porque morreu no filme anterior. Quem volta a marcar presença são Rinko Kikuchi, Charlie Day e Burn Gorman, agora com a companhia de John Boyega, Jing Tian e Scott Eastwood, entre outros. Apesar de creditado como produtor, Guillermo del Toro declarou que teve pouca participação no desenvolvimento do filme.

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Sai del Toro, entram Jaegers… Transformers?

E aí os fãs ficaram com medo, muito medo, ainda mais depois dos trailers que mostram os Jaegers como cosplays de Transformers – o que deve explicar, também, a “tirada de corpo” do mexicano. A história se passa dez anos após a Batalha da Brecha, quando os Jaegers conseguiram selar a passagem entre as dimensões e transformar os últimos Kaijus invasores em montanhas de carne de sangue azul. O personagem principal é Jake Pentecost (Boyega), filho até então desconhecido de Stacker Pentecost (Elba), que abandona a academia de pilotos de Jaegers para enveredar numa vida de crime e contrabando.

Ele, porém, é forçado a retornar e ensinar o ofício a um grupo de jovens pilotos, que deve ser a próxima linha de defesa da humanidade. Só que eles terão a competição de uma corporação que desenvolveu Jaegers que podem ser controlados remotamente, sem a presença humana no interior dos robôs gigantes. É nesse contexto que alguém ou alguma coisa consegue reabrir o portal interdimensional, e logo surgem três Kaijus dispostos a mostrar que os aliens malvados estão dispostos a dar o troco. E aí tome cidades virando farelo, robôs brigando com monstros, robôs brigando com robôs, robôs com espadas, explosões e – medo dos medos – robôs correndo e pulando feito Autobots e Decepticons.

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É como diz aquele velho ditado: cuidado com o que deseja, porque você pode conseguir.

Círculo de Fogo: A revolta
UCI 3 (3D/leg): 16h20, 21h. Cinemais Alameda 4 (3D/dub): 15h10, 19h20. Cinemais Alameda 4 (3D/leg): 21h40. Cinemais Jardim Norte 6 (3D/dub): 14h40, 17h, 21h40. Cinemais Jardim Norte 6 (3D/leg): 19h20. Santa Cruz 1 (dub): 16h20, 18h45, 21h10.
Classificação: 12 anos

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