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Terceira reportagem de série questiona: há refúgio em você?

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  A boca fala e o corpo sara. Repetida como um mantra, a frase ecoa contra o silêncio no Grupo de Valorização da Vida, cujos encontros acontecem sempre nas segundas e quartas terças-feiras do mês, às 18h30, em uma sala no segundo andar da Fundação Espírita Allan Kardec, no Bairro Cascatinha. A reunião começa com a leitura da Oração da Serenidade, escrita pelo teólogo e escritor norte-americano Reinhold Neibuhr: “Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para conhecer a diferença entre elas”. Prossegue com a leitura coletiva de um texto apresentado pela mediadora, até chegarem os depoimentos. A boca fala e o corpo sara. Uma mulher levanta a mão pedindo a palavra, conta do medo de enlouquecer, tamanha sua angústia. Um homem a segue, dizendo do drama do alcoolismo e do temor em perder a sanidade. Uma jovem, sorrindo, reconhece as dificuldades, mas valoriza em seu discurso a força da perseverança. Um rapaz cita problemas familiares para justificar as tristezas que o abatem. As bocas falam e Armando Falconi, o presidente da casa, também. Utiliza-se de ensinamentos do evangelho, da doutrina espírita, do médium Chico Xavier e, até, do filósofo chinês Confúcio. Indivíduos com pensamentos suicidas, todos estão ali procurando um refúgio que o próprio corpo não tem dado jeito de ser. Na terceira reportagem da série Refúgios, a Tribuna apresenta a rede que se forma em favor do acolhimento daqueles que o desalento silencia. Continue lendo aqui.

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