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Tiago Sarmento inicia projeto de covers com lançamento de EP

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EP com versões de música de Paulinho Moska e “O Cravo e a Rosa” serve como prévia de álbum a ser lançado em 2022 (Foto: Nathalia Pacheco)
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Tiago Sarmento dá o primeiro passo para o seu mais novo projeto. O cantor e compositor lança nesta sexta-feira, nas principais plataformas de streaming musical, o EP “Não diga que eu não te dei nada”, prévia do álbum “Under the covers”, que pretende lançar em 2022 com versões para canções de artistas nacionais e internacionais que o influenciaram em mais de duas décadas de carreira.
O primeiro EP chega com duas músicas; uma delas é a faixa-título, do cantor Paulinho Moska, e a outra é – nas palavras de Tiago – uma versão “politicamente atualizada” de “O cravo e a Rosa”, dentro do contexto de violência, abuso e assédio contra a mulher.
O futuro álbum de releituras tem influência direta da pandemia de Covid-19. Segundo Tiago, seu próximo trabalho – o sétimo da carreira – seria o seu segundo álbum com canções autorais em inglês, mas, com a nova realidade de distanciamento e isolamento, ele aproveitou o tempo de ócio para pesquisar a respeito de direitos autorais e os trâmites para gravar e lançar versões de músicas de outros artistas. “Como vi que seria mais fácil do que pensava, o projeto acabou indo”, explica.

De Almir Satter a Led Zeppelin

As gravações tiveram início em outubro de 2020, no antigo estúdio caseiro de Tiago, o Sleepyhouse, e foram concluídas em agosto no Adega Estúdio. De acordo com o cantor, foram gravadas nada menos que 40 músicas, sendo que o álbum deverá contar com algo em torno de 24 a 26 covers. A produção foi do próprio Sarmento, acompanhado pelos parceiros João Cordeiro e Rodrigo Andrade.
Dentre os artistas que ganharão releituras estão Almir Sater, Secos e Molhados, Bob Dylan e Led Zeppelin, além de nomes que Tiago Sarmento garante que vão surpreender o ouvinte – e sempre com versões que buscam fugir do esquema “copia e cola”.
“Sempre tive vontade rearranjar algumas músicas, fazer do meu jeito, pensando ‘e se eles fizessem assim?’. Uma coisa é tocar cover na noite para todo mundo dançar, sem mudar nada, e outra é trabalhar a canção, como o Aerosmith fez com ‘Come together’, dos Beatles”, argumenta.
“Tem música que era mais rock e foi para a folk music, algo que faço muito nos shows; outras eram mais ‘porrada’ e foram para um folk bem lento, e tem uma eletrônica que será bem inesperada. Algumas seguem mais o roteiro, sem muitas mudanças; mas teremos, por exemplo, uma portugesa cantando música brasileira, mais algumas outras surpresinhas no meio do caminho”, acrescenta o cantor, que deve lançar mais alguns EPs como aperitivo antes da chegada de “Under the covers.”

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