A cinebiografia “Nosso Sonho”, que conta a história da dupla Claudinho e Buchecha, estreia nesta quinta-feira (21), nos cinemas brasileiros. Essa é uma das duplas mais icônicas de funk dos anos 90 e 2000, tendo sido responsável por popularizar esse gênero musical e ter feito com que vários hits fossem escutados no país inteiro. Canções como “Só Love”, “Rap do Salgueiro”, “Quero te Encontrar” e “Fico Assim Sem Você” foram relembradas nas vozes dos protagonistas Lucas Penteado e Juan Paiva, fazendo com que os fãs também possam reviver essa história. Toda a trajetória dos dois é contada a partir do ponto de vista de Buchecha, quando uma grande tragédia o faz refletir sobre a vida.
O longa aborda a vida dos artistas desde a amizade ainda na infância, passando pela juventude, quando eles conseguem um sucesso rápido na cena de funk carioca no início dos anos 1990, em São Gonçalo, até o momento em que Claudinho sofre um acidente de carro no auge de sua carreira. Para quem já estava nascido na época, é impossível não cantar junto com os hits e não se lembrar com nostalgia de ver a dupla dominando revistas e programas de televisão.
Além de trazer os bastidores dessa história, o longa funciona para honrar o cantor, que se torna uma espécie de ‘guardião’ e que foi capaz de alterar tantas vidas ao seu redor. É possível ver de perto a amizade que foi sendo criada entre os dois, a relação de Buchecha com seu pai, o processo de criação de muitas músicas, as origens humildes que fizeram com que a dupla enfrentasse diferentes desafios e até como a fama vai alterando a vida dos dois artistas. O filme também se mostra como uma grande reverência para a importância do funk, que acaba sendo um gênero ainda muito marginalizado no país, mas que guarda um pedaço da identidade brasileira.
Tudo começa quando Buchecha aceita participar de batalhas de funk com o amigo de infância Claudinho, por insistência dele, por notar o efeito encantador que a música deles passa a ter nas mulheres. Nesse caminho, o filme consegue até mesmo trazer o significado do termo ‘adjudicar’, usado pela dupla, que foi muito questionado na época. A produção também traz a participação do verdadeiro Buchecha no argumento de Fernando Velasco, Daniel Dias e Eduardo Albergaria, fazendo com que ele tenha colaborado dando a sua versão de como as coisas aconteceram e como ele foi afetado pelo acidente.