Nesta quinta-feira (20), aconteceu a estreia de Barbie, de Greta Gerwig, e ‘Oppenheimer’, de Christopher Nolan nos cinemas. Os dois são alguns dos filmes mais aguardados do ano, sendo que o primeiro contou, ainda, com uma divulgação de marketing que foi além dos patamares esperados para esse tipo de lançamento. Em Juiz de Fora, foi possível observar diversas lojas reforçando o uso de cor-de-rosa em seus produtos, combos especiais para assistir aos filmes e salas de cinema lotadas com pessoas vestidas a caráter e empolgadas para a estreia.
De acordo com a Warner Bros., Barbie já é a maior pré-venda da história do estúdio no Brasil. No Cinemais, do Shopping Jardim Norte, foi registrado um grande movimento, com muitas pessoas vestidas com roupas dos tons do filme. Apenas no primeiro dia de sessão, foram mais de 1.500 pessoas assistindo, com todas as sessões esgotadas. As 25 sessões do filme durante o final de semana já estão esgotadas e já há lotação para praticamente todas as sessões para a primeira semana de filme. No UCI, no Independência Shopping, filas se formavam na entrada do cinema e também na Praça de Alimentação, em estabelecimentos com venda de produtos relacionados ao filme.
Entre os presentes na estreia estava Ruth Flores, jornalista e publicitária de 28 anos, que comprou seu ingresso no dia 11 de julho, ou seja, nove dias antes da exibição. “Já estava com muita expectativa para ver o filme por conta dos trailers, todas as entrevistas de elenco, a diretora e as histórias que têm circulado sobre os bastidores… Todo o barulho que tem girado em torno me deixou muito curiosa. E valeu a pena garantir para assistir na estreia”, conta. A estudante Eduarda Boechat, de 22 anos, afirmou o mesmo, e gostou tanto do filme que já está pensando em voltar para assistir mais uma vez. Para ela, o sucesso do filme se explica pela relação formada com os espectadores. “Acho que (a expectativa pelo filme) foi pela Barbie ter marcado a infância de tantas pessoas de um jeito muito único, principalmente para mulheres. Eu nunca vi tantas mulheres reunidas assim para um filme. Isso para mim foi especial demais”, diz.
A explicação para esse empenho, para Ruth, passa também pela experiência do seu trabalho, que é com marketing e publicidade. “Não posso ignorar que foram feitos esforços gigantescos em cima do filme. Collabs com outras marcas, combos, um grande burburinho foi produzido de forma intencional. Teve estratégia comercial, óbvio”, destaca. Mas, para ela, há também uma curiosidade orgânica e natural das pessoas que buscam entender a história desse filme tão aguardado. “Seja nas brincadeiras, seja nos desenhos animados, Barbie faz parte da nossa cultura pop”, destaca.
Aumento da procura por produtos
A estreia do live-action fez com que diversos produtos da Barbie fossem procurados pelos consumidores. A Nubimetrics, plataforma que avalia sellers com dados inteligentes, registrou aumento na procura de itens como bonecas, patins, fantasias e até artigos de festas, que foi alavancada pelo filme. Da mesma forma, os baldes de pipoca da Barbie que fazem parte do combo licenciado foram esgotados em dois dias em toda rede Cinemais. A caixa da Barbie, que chegou ao cinema Jardim Norte, também tem sido ponto de muito movimento para fotos.
O empenho para fazer parte da tendência mobilizou as duas jovens a participarem da sessão a caráter, seguindo a estética ‘Barbiecore’, que tem viralizado nas redes. No caso de Eduarda, a escolha foi por uma blusa rosa. Já Ruth conta que comprou uma camisa com uma estampa específica, que brinca e mistura a turnê da Taylor Swift, cantora de quem também é fã, com o conceito da Barbie. “Também fui com outras peças cor de rosa no look também, claro. Quase todo mundo na sessão estava usando alguma coisa rosa! Que fosse um casaco, uma bolsa, um detalhe no tênis. Foi muito divertido observar a fila do cinema”, conta.
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Expectativas altas
Ambas as jovens estavam com as expectativas muito altas para o filme, justamente por conta das vivências que relataram. Em suas experiências, essa espera valeu a pena. “Traz um olhar muito particular sobre o papel da menina e da mulher na nossa sociedade, sem deixar de lado um tom divertido e leve. Tenho quase 30 anos, então a nostalgia também é um ponto bem contagiante em algumas partes do longa, brincadeiras e situações da infância que são super identificáveis. Mas é um filme para todos! Independente da idade ou gênero. Tenho certeza que é possível se encontrar em pelo menos um personagem da história, porque no fim, é sobre emoções e sobre o ser humano”, opina Ruth.
Já para Eduarda, o filme a conquistou por ser “divertido, cativante, com uma mensagem importante e trazer toda uma experiência maravilhosa”.