Ícone do site Tribuna de Minas

Marco do Centenário é cercado na Praça da República

marcocercadocapa
marcocercado
Marco do Centenário, patrimônio municipal e federal, primeiro monumento modernista em praça pública no país, agora aguarda restauração. (Foto: Fernando Priamo)
PUBLICIDADE

Tapumes de madeira e telhas galvanizadas protegem o Marco do Centenário, na Praça da República, no Bairro Poço Rico. O trabalho de cercamento do monumento incendiado no primeiro dia deste mês foi iniciado nesta segunda(20) e terminou menos de 24 horas depois. “O fechamento era importante para dar a condição de trabalhar lá dentro. Desde quando conversei com especialistas, eles sugeriram cercar a área para garantir a preservação do que se manteve”, pontua Fabrício Fernandes, historiador da Divisão de Patrimônio Cultural da Funalfa, a Dipac.

Leia também:
Marco do Centenário, em Juiz de Fora, é incendiado
Como explicar o abandono de um ícone? História do Marco do Centenário responde

O órgão já notificou oficialmente o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que, assim como o Município, também tombou a obra de 1951, com projeto de Arthur Arcuri e mosaico de Di Cavalcanti. A Dipac também já mobilizou o Instituto de Artes e Design da UFJF e o Laboratório de Patrimônios Culturais (LAPA), grupo de pesquisa e extensão liderado pelos professores do departamento de história da UFJF Marcos Olender e Rodrigo Christofoletti. “A ideia é convidar todas as pessoas que tenham condições técnicas e intelectuais de contribuir.”

Enquanto o trabalho de cercamento era iniciado, uma pessoa em situação de rua dormia no monumento. A Secretaria de Desenvolvimento Social esteve no local, abordou o homem, fez seu cadastro e ofereceu-lhe os serviços de assistência social da Prefeitura. “O Marco exige um movimento urgente e uma ocupação contínua do espaço, estudando o monumento e as possibilidades do lugar”, indica Fernandes. “Havia um projeto pronto, que não atende mais, porque os danos agora são muito maiores do que os mapeados no projeto antigo. É preciso fazer um levantamento dos danos para prosseguirmos”, explica, reforçando a importância de uma proposta de restauração para que os recursos sejam captados.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile