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Ocrioulo lança ‘Eu te vi’, música feita para presentear o neném de uma amiga

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‘Eu comecei produzindo a música a partir da batida do coração. Foi o que me guiou, o beat. A letra veio logo depois inspirada no sonho’, conta Ocrioulo (Foto: Divulgação)
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A música permanece. Roupa passa a não servir com o tempo. Brinquedo entra em desuso na medida em que se cresce. A música, apesar de tudo, permanece. Ocrioulo teve um sonho, em 2020, com uma criança risonha. Ela estava em seu colo, enquanto ele balançava a perna, brincando de “Upa, cavalinho”. A criança ria muito. Quando acordou, a imagem permaneceu e ele sabia que se tratava, sem indício algum, do filho de uma amiga – isso, na imaginação, nada, até então, real. Dois anos se passaram, essa mesma amiga engravida. Manda a ele um vídeo do primeiro ultrassom: o coração batendo cadenciado. Ocrioulo, emocionado com o primeiro filho de sua amiga de sempre, disse, até sem pensar: “Isso dá música, hein”.

O tempo passou. Otto nasceu. Ocrioulo precisava pensar em um presente que ficasse para sempre com Otto e com sua amiga. Essa primeira conversa, assim como o sonho, ficou esquecida. Ele ainda procurava o presente perfeito. Ele, finalmente, lembrou do ultrassom, do sonho, da conversa. “Aí eu pensei: preciso fazer uma música com isso, porque é algo que é muito especial em todos os níveis.” Nasceu “Eu te vi”; a música-presente que é lançada neste domingo (21), quando Otto ainda completa mais um mês de vida. A música está disponível em todas as plataformas digitais. A essas horas, Ocrioulo está com Otto e com sua amiga, comemorando a vida do neném, ao mesmo tempo que comemora o nascimento da canção.

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“Eu comecei produzindo a música a partir da batida do coração. Foi o que me guiou, o beat. A letra veio logo depois inspirada no sonho. Eu pensei no ‘Eu te vi’ porque eu já vi, não foi nosso primeiro encontro porque ele já me visitou, pelo menos no sonho. E foi muito especial. Foi uma inspiração muito genuína. No momento eu consegui criar a melodia, o beat completo, foi muito especial, eu me senti como se eu tivesse cumprido uma grande meta”, afirma o músico, que é ainda integrante do Makoomba.

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Sempre imerso na música, muito sob a influência de sua família, pensar em ser, realmente, músico só foi possível quando começou a frequentar e produzir o Encontro de MCs, de 2014 a 2017. Ver quem participava fazendo a arte independente acontecer, foi o que o possibilitou a acreditar que ele também poderia fazer sua própria música. “Logo depois, eu comecei a produzir o Makoomba, com o Cláudio (Crraudio), que começou em 2016. E eu me apaixonei 100% por discotecar, mixar, por fazer as pessoas dançarem. Eu percebi como era poderoso tocar uma música, conseguir misturar mais de uma música e fazer as pessoas dançarem com isso.”

Produzir, então, sempre foi uma paixão. Mas ele se mantinha ali, nos sets de discotecagem. Ele queria compor a sua própria, fazer seu som. Mas pensava que não conseguiria. Até que na pandemia ele encontrou um momento de encarar seu próprio desafio. “Esse sonho ficou cada vez mais latente, de fazer música, produzir meu próprio som. Foi o momento perfeito, que eu estava trancado comigo mesmo e tive que vencer a minha crença limitante de que eu não era capaz. Eu comecei a produzir meus próprios beats, a compor minhas próprias músicas e gostei bastante do que estava ouvindo, do que eu tinha para dizer, das mensagens que eu tinha para trazer. Foi quando eu fiz meu primeiro EP, em 2020, que foi o “Santoforte”, que tem uma vibe bem de autoafirmação, de segurança, de fortaleza mesmo, de começar a me ver de uma outra forma, como alguém capaz, que tem uma mensagem, algo a dizer.” Depois dele, nasceu os EPs “Eu não vou parar” e o “</3”.

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“Eu te vi”, para Ocrioulo, só difere das outras no que diz respeito à forma como a melodia foi pensada. “Essa música eu trabalho uma melodia mais orgânica, que eu fiz na hora, sentindo a batida do coração, a vibe que aquele sample trazia. Mas ao mesmo tempo ele tem bastante a vibe do outro no sentido do jeito que eu canto, no jeito que eu me expresso.” É, também, um single que abre as portas para uma nova fase do artista. “É renovação, porque eu me proponho a trazer outros temas, outras sonoridades, uma outra identidade para minha música. Ela vem com essa ideia de transformação, de novo, o que é muito bom. O lúdico, o sonho, o universo do inexistente, de outras dimensões, que é o que eu quero trabalhar bastante daqui para frente. Acho que chega em um momento meio que abrindo alas para tudo isso o que eu estou propondo trazer agora.”

Encarar essa nova fase mais relacionada ao lúdico faz sentido, ainda mais que Ocrioulo se sente otimista com o futuro. “Tenho seguido o que meu coração pede para fazer com minha arte e com o que eu tenho para dizer e contar para o mundo. Tem que ter fé no caminho. Tudo é um caminho, tudo é uma trajetória. O futuro tem muita coisa por vir.” A proposta, neste ano, é investir no lançamento de singles, ao invés de EP, para que uma mensagem seja passada por vez. Sobre o próximo lançamento, ele antecipa que vai ser sobre o lúdico e o sonho. Um passo de cada vez.

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