A série “Bom Dia, Verônica” estreou sua terceira e última temporada na Netflix. A produção, dirigida por José Henrique Fonseca, já angariou o primeiro lugar entre as mais assistidas da plataforma de streaming. O ato final de “Bom Dia, Verônica” traz como enredo a revelação por trás da identidade de Doum, o terceiro elemento do temível trio de vilões das temporadas anteriores, Brandão e Matias, vividos por Eduardo Moscovis e Reynaldo Gianecchini, respectivamente, além do desfecho da protagonista vivida por Tainá Müller na luta por justiça.
Confira os motivos
Escrita por quem entende de true crime
A série foi baseada no livro homônimo de Raphael Montes, best-seller de literatura policial, e pela criminóloga Ilana Casoy – ambos também assinam o roteiro adaptado da produção. Com isso, a narrativa da história é costurada com a dose de suspense e mistério que uma narrativa ficcional pede, mas se pauta em crimes inspirados na vida real, como abuso e violência contra a mulher.
Atuações premiadas internacionalmente
O elenco de “Bom Dia, Verônica” conta com atuações acima da média, com destaque para Camila Morgado (Janete) e Eduardo Moscovis (Brandão) na primeira temporada, e Klara Castanho (Angela) na segunda. Tainá Müller também se destaca vivendo a protagonista, que passa por transformações físicas e de identidade ao longo das temporadas – para além, é claro, das emoções intensas enfrentadas pela personagem. A atuação rendeu à protagonista o Septimius Awards, prêmio da Holanda que consagra filmes e outras produções audiovisuais.
Heroína digna de história em quadrinhos
O clima de suspense e violência da série cria um ambiente em que Verônica consegue brilhar como protagonista de uma graphic novel Quem concorda é a própria Tainá Müller. A atriz comentou, ao portal Omelete, que Verônica tem o tom de uma justiceira de histórias em quadrinhos. Ponto a mais para a produção brasileira, que se inova acenando para estéticas distintas.
Galãs da TV em papéis polêmicos
Um destaque da série foi a escalação de atores já consagrados na teledramaturgia brasileira por papéis de galãs. Em “Bom Dia, Verônica”, Eduardo Moscovis, Reynaldo Gianecchini e até Rodrigo Santoro – que pausou sua temporada hollyoodiana para participar da season finale da Netflix – vivem papéis de homens controversos, violentos e abusadores. Tal escolha rompe com o imaginário em torno desses atores e surpreende a quem assiste.
Violência contra a mulher em cena
O grande mérito de “Bom Dia, Verônica” é a trama ser centrada em temas como a violência contra a mulher, sob a perspectiva de uma justiceira que consegue compreender os sentimentos de quem é vítima. Ao lidar com temáticas tão delicadas, a série choca, mas também conscientiza.
Rodrigo Santoro conversou com o Estadão e afirmou que a trama que envolve a conscientização sobre violências contra a mulher foi o que mais o convenceu a aceitar o papel. “Através das minhas escolhas, do meu trabalho, é a forma como eu encontro de falar de temas importantes”, disse.