Ícone do site Tribuna de Minas

Allexa Dantas, Miss Brasil Gay 2024, relembra trajetória e desafios para ganhar concurso

FOTO FELIPE COURI MISS BRASIL GAY 24 ALLEXA DANTAS 1
FOTO FELIPE COURI MISS BRASIL GAY 24 ALLEXA DANTAS 4
Allexa leva como missão a vontade de fazer a diferença através de uma mensagem positiva de empoderamento e inclusão para pessoas como ela (Foto: Felipe Couri)
PUBLICIDADE

Allexa Dantas foi eleita Miss Brasil Gay 2024, em concurso que aconteceu neste sábado (17). A representante de Minas Gerais contou à Tribuna que buscou, ao longo de sua trajetória, inovar no que esperavam das participantes e trazer jovialidade para conquistar o título. Para conseguir isso, foram anos se preparando para ser a melhor da noite e diversos desafios antes mesmo de chegar ao palco do concurso.

Essa não foi a primeira vez de Allexa Dantas no Miss Brasil. A sua experiência teve início em 2018, quando representou o estado do Maranhão, e ficou próxima de ganhar o primeiro lugar. Desde então, conquistar a coroa não saiu de seus planos: “Eu percebi que era capaz de ganhar. Então, em 2019, voltei ao Miss para prestigiar e assistir, e isso me ajudou a ter outros olhos para o concurso. Já queria voltar no ano seguinte para concorrer, mas por conta da pandemia de Covid-19, não consegui antes”, relembra. Para ela, ter conseguido realizar esse sonho representando seu estado de origem tornou a experiência ainda melhor.

PUBLICIDADE

Nascida em Sete Lagoas, a mais de 300 km de Juiz de Fora, a arte sempre fez parte da vida da Miss. Seu interesse pela dança fez com que conhecesse, aos 17 anos, a arte transformista, e pudesse aprofundar o seu interesse a partir do concurso mais prestigiado para esse público. Apesar de ser algo que ama tanto, reconhece que os desafios para chegar a ser Miss começam muito antes do concurso: “Só da gente dar a cara a tapa para estar como ator transformista em um concurso do nível que é o Miss Brasil Gay já é um desafio e tanto”, diz. Na experiência de Allexa Dantas, no entanto, vale o que for para conseguir mostrar quem ela é de verdade – e é isso inclusive que também recomenda para as futuras concorrentes.

PUBLICIDADE

O que fica, para ela, é ter conseguido realizar um sonho de anos levando a sua história para o palco. O ganho de autoconfiança na sua vida está muito relacionado com essa arte, e recomenda para quem quiser se aventurar no Miss Brasil Gay acreditar em si mesma, como ela fez. “Recomendo que seja firme e forte. Já teve uma época da minha vida que eu não confiei no meu potencial, e o Miss Brasil Gay mudou isso”, diz. A sensação de ter conseguido, agora, é algo que ela ainda está tentando entender, enquanto concilia seus compromissos para além do concurso, como cabeleireiro, maquiador profissional e empresário. “Eu ainda estou meio em êxtase. Tirei um peso das costas, porque a gente fica muito aflita. Foi uma semana longa, que demorou a passar, mas quando chegou o sábado, passou tudo muito rápido”, conta.

“Meu principal objetivo hoje, com o Miss Brasil Gay, é trazer essa nova geração para o conhecimento do que é o concurso”, afirma a miss (Foto: Felipe Couri)

Missão de exaltar histórico do concurso

Cada Miss que passa pelo concurso leva uma missão para o seu reinado. No caso de Allexa, a vontade é de fazer a diferença através de uma mensagem positiva de empoderamento e inclusão para pessoas como ela. Além disso, traz como diferencial a sua vontade de fazer com que outras pessoas, como ela, se apaixonem por tudo que o concurso representa para a comunidade LGBTQIAPN+. “Meu principal objetivo hoje, com o Miss Brasil Gay, é trazer essa nova geração para o conhecimento do que é o concurso. Hoje eu percebo que quem tem aquele amor e aquele tesão são pessoas da década de 70, 80 e 90, no máximo. Eu converso hoje com meninos gays de 17/18 anos que não sabem a história do concurso. Eu quero levar o legado do Chiquinho Mota, que transformou e transforma vidas, para essa nova geração que está chegando”, afirma Allexa Dantas.

PUBLICIDADE

Tudo ou nada

Na oportunidade que teve, em 2024, Allexa Dantas conta que sentiu a necessidade de vir para “tudo ou nada” no concurso. A sua escolha em ousar nas apresentações ao longo da seletiva veio em diversas formas: pelo cabelo curto usado pela Miss, sua escolha em levar o ET de Varginha para o traje típico e também um vestido de gala que fugisse dos tradicionais padrões de babado. Arriscar valeu a pena: “Acho que o que me ajudou foi trazer o diferencial que o concurso buscava. O André sempre falava que o Miss Brasil Gay precisava de uma cara nova, uma coisa mais ousada e sofisticada. Foi o que tentei levar e, pelo jeito, funcionou”, diz. 

 

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile