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Coloração pessoal: entenda o que é e como essa análise é feita

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Apesar da coloração pessoal ter ficado mais conhecida nos últimos anos, essa não é uma técnica recente e seus primeiros estudos surgiram na década de 1920 (Foto: Arquivo pessoal)
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Nem todo mundo fica bem de verde limão. Na hora de tirar uma foto, quase todo mundo já acabou percebendo, depois, que uma maquiagem que deveria valorizar a beleza, acabou trazendo um peso desagradável para o rosto. Errar o tom na hora de pintar o cabelo também é algo frequente. Para acertar nesses quesitos e conhecer o que pode ressaltar o mais bonito de cada um, surgiu um estudo chamado coloração pessoal, que tem feito muito sucesso nas redes nos últimos anos. Com essa análise, consultoras de beleza e de moda podem indicar quais cores combinam com a pele da pessoa, levando em conta como utilizá-las da melhor forma em roupas, na maquiagem e no cabelo.

A consultora de beleza Michelle Assis explica que começou a estudar sobre esse assunto em 2018, em um curso que fez em São Paulo. Ela detalha que a análise começa através da comparação dos tecidos, que são colocados no colo da cliente, próximo ao rosto. “Assim, eu consigo identificar quais são as características dos tons que fazem parte da coloração da pele dela. Essas características nós chamamos tecnicamente de dimensões”, explica. São três diferentes dimensões: a profundidade (comparação com cores escuras e com cores claras), a intensidade (comparação com cores vibrantes, mais vivas, contra as mais suaves e mais opacas) e a temperatura (comparação com cores quentes e com cores frias).

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Sendo assim, é possível chegar a um “denominador comum” a partir da análise das três dimensões, que, de acordo com ela, é exatamente a cartela de cor da pessoa. “A cartela repete as características de cores da pele, e é justamente essa repetição de elementos visuais a partir da cor que gera uma harmonia. A gente descobre que tipo de cor que tem na pele para repetir nos elementos visuais, e o cérebro interpreta isso como harmonia”, explica. Ela esclarece, ainda, que todas as cartelas englobam todas as cores, o que varia é apenas o tom.

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A técnica não é ‘recente’

Apesar da coloração pessoal ter ficado mais conhecida nos últimos anos, devido aos vídeos das análises nas redes sociais, essa não é uma técnica recente. Os primeiros estudos sobre coloração surgiram na década de 20, com o pintor expressionista e professor da escola de Bauhaus Johannes Itten. “Ele começou a perceber que os alunos que tinham a pele mais fria escolhiam as cores mais frias para a pintura, e quem tinha a pele quente escolhia as cores mais quentes para pintar”, diz. Sendo assim, ele começou a estudar essa relação. Em seguida, na década de 40, a artista plástica e estilista Suzanne Caygill aprofundou esse estudo para criar o método sazonal de análise de cores.

Paleta de cores não é limitadora

Uma dúvida muito comum que as pessoas têm em relação a coloração pessoal, como explica a especialista, é justamente sobre se, com a determinação das cores que se encaixam melhor em sua pele, não vão mais poder usar as cores que estão de fora – principalmente se descobrirem, por exemplo, que gostavam muito de algumas das cores. Sobre isso, Michelle esclarece: “A cartela não é uma limitadora. Ela abrange os seus horizontes, porque você descobre que cores te valorizam e que cores não te valorizam. Sendo assim, quando você usa cores fora da cartela, consegue compensar de outras maneiras, com a maquiagem, por exemplo, ou com algum acessório”. Além disso, ela ressalta que a coloração pessoal funciona principalmente para o cabelo e maquiagem, porque ficam no rosto, e é muito importante que estejam em harmonia com a cor da pele. “Se uma pessoa fica fora da cartela no look, mas estiver dentro da cartela no que se refere ao cabelo e à maquiagem, não vai fazer tanta diferença”, destaca.

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(Foto: Arquivo pessoal)

Investimento

Para Michelle, a coloração consegue justamente deixar as pessoas mais confiantes, porque passam a saber como valorizar a própria beleza e como se destacar em situações em que objetivam isso. Outra vantagem, para ela, é a possibilidade de fazer escolhas mais assertivas na hora de comprar roupas, maquiagens e para escolher como vai fazer o cabelo. Mas para alcançar esse resultado, ela destaca que o conhecimento especializado faz diferença, já que o mero uso de ferramentas on-line e ou a tentativa de deduzir tudo por conta própria podem fazer com que erros aconteçam. “A pessoa sozinha não tem um olhar treinado para identificar o que é uma pele amarelada ou não. Acaba que ela pode achar que é de uma cartela e é de outra, e aí acaba comprando coisas que não valorizam”, diz.

No Brasil, esse serviço custa, em média, R$400. Ela afirma que é um investimento que evita outros gastos equivocados, e que ainda “serve para o resto da vida, independentemente se a pessoa estiver bronzeada ou passar por mudanças devido à idade”.

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