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Cross Bones lança EP ‘Fugir das rotas’

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Integram a Cross Bones, da esquerda para a direita, Paulo Victor Guiducci, Jardel Ciotti, Paulo Medeiros, Vinícius Bonotto e Matheus Carvalho (Foto: Divulgação)
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A Cross Bones inaugura a própria discografia com uma ode às estradas. A banda de rock ubaense lançou, no último sábado (17), nas plataformas digitais, o EP “Fugir das rotas”. O trabalho chega com seis músicas inéditas, sendo cinco autorais. O álbum de estúdio – gravado entre o fim de 2018 e o início de 2019 no AR Pro e Na Trilha – é o primeiro de uma banda cujo cartel já soma cerca de cem shows em Ubá e região desde apresentações no Parque Horto Florestal em programações oficiais do Município até reuniões de motociclistas. O lançamento de “Fugir das rotas” segue programação iniciada pela Cross Bones ainda em fevereiro. Na época, a banda lançou o videoclipe de música homônima ao EP. Desde então, as faixas “Sem caminho”, “Quando você foi embora” e “Perdido no mundo” também ganharam produções audiovisuais, financiadas pela Lei Aldir Blanc e gravadas pela Cena Produções na Miragaia, Zona Rural de Ubá.

As canções apresentadas pelo EP são trabalhadas ao menos desde a formação da Cross Bones, ou seja, há cinco anos. “As músicas foram surgindo com o tempo durante os ensaios. Por exemplo, eu já tinha a letra da faixa ‘Fugir das rotas’ e o Paulo Victor (Guiducci) tinha a melodia. Em determinado dia, fui à casa do Paulo Victor, e ele me mostrou o solo inicial de uma melodia que estava criando. E a letra encaixou muito bem com o que o Paulo Victor estava compondo”, explica o baixista Vinícius Bonoto. “A partir disso, o vocalista (Paulo Medeiros) apresentava uma letra, o Paulo Victor encaixava o solo, o Jardel (Ciotti) fazia a bateria, e estabelecíamos um processo de criação. Fomos trabalhando essas músicas até termos o sonho realizado de gravar o EP.” As canções “Perdido no mundo”, “Sem caminho” e “Pobres mortais” são assinadas pelo vocalista Paulo Medeiros. Ciotti, por sua vez, assina “Quando você foi embora”.

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“Fugir das rotas” foi escolhida como a primeira música de trabalho e como título do álbum justamente por envolver toda a banda, pontua o baterista Jardel Ciotti. “É a música que veio sendo elaborada ao longo dos ensaios, da nossa história. Veio do Bonoto e do Paulo Victor, mas trabalhamos ali juntos. Vimos a música surgir do zero. Acabou que tivemos esse carinho especial por ela.” A letra, detalha Bonoto, foi pensada especificamente para os motociclistas. “Para aquela galera que está ouvindo música pegando estrada, de moto ou dirigindo um carro etc. O Paulo Victor fez uma melodia pensando justamente nisso.” Embora seja a única que não tem a assinatura de um integrante da Cross Bones, a faixa “Jaguar do asfalto” endossa a ode às estradas. “A música é do Yuri de Paula”, afirma o guitarrista Paulo Victor Guiducci. Essa música foi feita para o Jaguar do Asfalto Moto Clube, do qual, inclusive, faço parte. E o Yuri é primo de um membro do clube.”

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‘Muita influência do hard rock’

A sonoridade da Cross Bones, explica Paulo Victor, é muito heterogênea em razão das influências de cada músico – ao passo que o guitarrista goste muito de heavy metal, Bonoto, por exemplo, é fã de Raul Seixas. “Mas acho que o som da banda, em geral, tem muita influência do hard rock. É um estilo que todo mundo da banda gosta. Há também influência do blues e do pop rock nacional, principalmente das bandas de rock nacional dos anos 1980. Cada uma das seis músicas do EP tem a sua pegada.” Ainda que o processo criativo seja voltado para “o rock, para os motociclistas”, há espaço para canções românticas, como “Pobres mortais”, acrescenta Bonoto. “Pobres mortais” e “Quando você foi embora” são as baladas do EP.

A princípio, a intenção da Cross Bones era lançar o álbum em um show ao vivo, planos frustrados pelas restrições sanitárias impostas pela pandemia de Covid-19. “Ficamos até segurando o EP muito tempo por causa disso. Queríamos um lançamento ao vivo para convidar todas as pessoas que participaram do processo de criação e gravação. Apesar de terem surgido várias ‘lives’ no início da pandemia, não quisemos fazer. Queríamos mesmo um show ao vivo. Mas, devido à demora, acabamos decidindo por lançar o álbum nas plataformas digitais”, explica Paulo Victor. Contudo, ele não descarta a possibilidade de uma transmissão ao vivo para demarcar o lançamento do EP. Jardel ressalta as dificuldades enfrentadas durante o período. “Ficamos frustrados também porque o nosso trabalho foi muito suado. Fizemos algo com todo o cuidado, carinho e capricho para ser um trabalho bonito.”

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Embora a pandemia tenha afastado a Cross Bones dos ensaios e, sobretudo, dos palcos, “Fugir das rotas” dá fôlego à trajetória da banda. “Estávamos em uma crescente muito grande. A gente estava inserido em todos os eventos de rock de Ubá e da região”, diz Bonoto. “Imagine só um peladeiro de fim de semana ficar sem jogar? Nossa, faz muita falta”, emenda Paulo Victor. Apesar da frustração de um lançamento longe dos palcos, pondera Jardel, o trabalho é igualmente satisfatório. “Fizemos uns clipes muito legais, que são a cara da Cross Bones. (…) É uma felicidade muito grande chegar e celebrar esses anos de história com esse lançamento e colocando o EP completo nas mídias digitais.” Ao menos os ensaios já foram retomados pela Cross Bones. “Estamos ansiosos para que tudo isso se resolva o mais rápido possível para a gente voltar para os palcos”, finaliza Paulo Victor.

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