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‘Cabaret dos seres da ribalta’ ganha mais um episódio

Cabaret dos seres da ribalta
cabaret dos seres da ribalta
Quarto episódio do “Cabaret dos seres da ribalta” foi gravado na Praça da Estação e nos prédios que envolvem o espaço (Foto: Lucas Machado/ Divulgação)
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Estreia, nesta terça-feira (19), no Teatro Paschoal Carlos Magno, mais um episódio da série “Cabaret dos seres da ribalta”. O trabalho, que dessa vez tem como cenário a Praça Doutor João Penido, conhecida como Praça da Estação, vai ser exibido a partir das 20h. A entrada é gratuita. Já na sexta-feira (22), o vídeo é lançado também nas plataformas digitais, às 21h, através de uma live, no Facebook Cabaré Ribalta. O vídeo tem legenda descritiva, e o lançamento conta com tradução em libras.

Depois de passar por lugares históricos de Juiz de Fora e inserir as várias artes em cenários que contam o desenvolvimento moderno da cidade, o quarto episódio do “Cabaret dos seres da ribalta” explora a Praça da Estação, seus ângulos e, inclusive, os espaços internos que compõem o complexo preservado do lugar. O trabalho é dirigido por Rodrigo Mangal e tem direção de fotografia de Rodrigo Soares.

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“A palavra que nos orientou (para pensar neste episódio) foi origem. Porque ali representa, de certa forma, a origem da Juiz de Fora moderna. Ela tem esse símbolo e eu acho que é bem forte”, afirma Mangal. Como foi “origem” a palavra guia, o diretor conta que a proposta foi também explorar e inserir as diversidades artísticas da cidade: um trabalho que é feito desde o primeiro episódio e que se estende, então, neste último.

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“Eu acho que tendo aquele lugar como origem, esse “Cabaret dos seres da ribalta” tem uma variedade e uma diversidade de linguagens e artistas muito interessantes que, de certa forma, representa bem a diversidade cultural da cidade. E eu acho que ele encerra muito bem um ciclo. Porque a gente, sem ter essa pretensão, entendeu que o projeto se tornou uma série. E a gente está fazendo esse quarto episódio que, de certa forma, encerra uma primeira temporada, com um formato de abordar e de criar. E a gente pretende evoluir nesse formato e fazer outras temporadas com mais recurso e tempo”. Este quarto episódio foi aprovado no edital Murilão, de 2022, da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), gerenciado pela Funalfa.

Cena a cena

Como de costume, este episódio do “Cabaret dos seres da ribalta” é formado por várias cenas que mesclam arte e patrimônio. Cada uma das seis que formam o vídeo traz um artista juiz-forano que se apresenta em um jogo de imagens que explora os ambientes e as performances artísticas. O trabalho começa com dança contemporânea conduzida pelos integrantes do grupo Emcenacem, que foram dirigidos por Fernanda de Oliveira e Gabriela Machado. A apresentação foi elaborada a partir de textos de Tiago Adão Lara, Maria Helena Falcão e Leonardo Da Vinci.

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Mangal conta ainda que acredita que esse foi o episódio com o maior número de artistas envolvidos, e que muita coisa foi sendo criada na hora, no improviso, a partir também no que se dava no espaço e no tempo. “Com os alunos do Emcenacem, por exemplo, eu tinha uma noção do número, mas foi só quando eles se reuniram na Praça da Estação que a gente foi criando, de fato. Os improvisos deram certo e contribuíram para o resultado final. Tanto que, de certa forma, enquanto o terceiro episódio tem um tom mais dramático, até por abordar a era do rádio, esse é mais alegórico, mais divertido.”

Na sequência da dança, a música autoral de Juiz de Fora marca presença, a partir da apresentação de Gabriel Acaju, que interpreta sua música autoral “Anseio”, em parceria com o músico Luiz Henrique Andrés. “Quisemos incluir a música autoral porque a cena da cidade é uma marca. Tem muito trabalho autoral sendo feito por aqui, e não podia faltar”. Essa parte foi gravada na sala da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora e, pela primeira vez, o “Cabaret dos seres da ribalta” ganha um plano sequência.

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As seis cenas que formam o episódio exploram as diversas produções artísticas de Juiz de Fora (Foto: Lucas Machado/ Divulgação)

A apresentação em seguida é também de dança, com Davi Marques e Silvana Marques, que cria uma coreografia de dança de salão para a música “Conversa de botequim”, de Noel Rosa. Ela é responsável pela Estação Cultural, que funciona também em um dos prédios históricos da Praça da Estação, e é lá onde a cena foi gravada. Mas ela se expande. Mangal conta que eles incluíram uma encenação, com o intuito de fazer uma homenagem à Noel Rosa. Nela, o sambista vem a Juiz de Fora para conhecer o Bar do Abílio, e o próprio dono de um dos bares mais tradicionais da cidade acaba virando personagem e participa do episódio.

Na dramaturgia, os atores Marcos Bavuso e Marcus Amaral dão vida ao texto “O bicho”, escrito pelo próprio Mangal, inspirado no poema homônimo de Manuel Bandeira. Dessa vez, “Cabaret dos seres da ribalta” se volta para o exterior da Praça da Estação.

Importante nome da música juiz-forana, Zezinho da Guitarra participa também do episódio. Em um bate-papo, ele relembra sua trajetória – tudo isso ao som do jazz, executado ao vivo pelo Dudu Lima Trio, que é formado por Dudu Lima, Caetano Brasil e Leandro Scio. “Todos esses músicos representam também a diversidade artística da cidade e seu alcance que é também internacional”, explica Mangal.

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O que fecha esse quarto episódio do “Cabaret dos seres da ribalta” são os grupos de Folia de Reis “Resposta do Oriente Jesus Vivo” e “A Caminho da Salvação”. “Sempre foi minha vontade trazer as Folias de Reis para os episódios. Eu queria fazer alguma coisa para dar essa oportunidade, porque elas são muito tradicionais na cidade. E eu tentei criar um número, uma narrativa, para contar uma história que envolvesse a folia de reis.”

“Cabaret dos seres da ribalta” homenageia Juiz de Fora

Também como nos outros episódio, Ramón Brandão assina as artes visuais que envolvem as imagens das cenas, a partir de um olhar poético sobre os participantes e os cenários do entorno da Praça da Estação. Como fala Mangal, dessa vez, ainda, os desenhos ganharam ainda mais protagonismo.

“Esse episódio celebra e encerra essa primeira fase de forma interessante, com essa homenagem a própria cidade. A gente trouxe essa diversidade cultural que representa Juiz de Fora que, em quesito de cultura e criação, é muito pujante”, finaliza o diretor.

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