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Silva Soul lança EP ‘Na missão’; confira esse e outros lançamentos da semana

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Silva Soul Digo Ferreira
Silva Soul é formada por Amanda, Martins, Anderson Fofão, Ângelo Goulart, Beto Grizendi, Fábio Ramiro e Luiz Henrique Andrés (Foto: Digo Ferreira/ Divulgação)
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Depois de 12 anos da estreia em fonograma com o primeiro álbum, “Baile do Silva (deluxe)”, de 2012, a big band juiz-forana Silva Soul chega mais instrumental, suingada e classuda do que nunca no EP “Na missão”. Ele foi executado e registrado de forma 100% analógica durante uma imersão no belíssimo estúdio Forest Lab, em Paty do Alferes (RJ), onde fizeram a foto da capa e gravaram depoimentos para um documentário sobre o trabalho. A gravação foi realizada por Lisciel Franco e a produção é de Henrique Villela, que também produziu “Fogo fátuo” (2022), de Tatá Chama & as Inflamáveis, e está produzindo o novo álbum do Roça Nova, “Corta quebranto”.

O álbum é um registro de performance, como explica o guitarrista Pedro Brum no documentário. A banda está criando um repertório instrumental. “Tem uma nova sonoridade que queremos passar e que tentamos condensar nestas quatro músicas. Trazemos mais maturidade, mas mantemos o compromisso com a pista, de dançar, de fazer um som para frente e fazer o negócio ferver”, explica o baixista Marcelo Castro. A banda é formada ainda por Amanda Martins (flauta), Anderson Fofão (percussão e scracths), Ângelo Goulart (bateria), Beto Grizendi (guitarra), Fábio Ramiro (teclados) e Luiz Henrique Andrés (teclados).

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O apelo instrumental fica bem claro na única faixa inédita do repertório, a pulsante “Afro”, que ganhou videoclipe. “Não de bobeira” teve a letra reduzida a essa frase do título, repetida com voz de efeito robotizado. E Michael Jackson ficou muito vibrante e colorido na versão de “Whanna be startin’ somethin/Shake your body”, com uma guitarra malandra de Pedro. A banda apresenta essas e outras canções, ao vivo, em show no Cultural Bar, neste sábado, às 22h, celebrando 20 anos de estrada. O evento conta ainda com Soul Rueiro, Samba de Colher e a DJ Marcela Conte.

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Mais lançamentos

“Tão só”, Correa e RT Mallone

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O craque do rap juiz-forano RT Mallone, recentemente anunciado como participante do reality musical “No corre”, da Netflix, está em feat com o ubaense radicado em Belo Hozionte Corrêa, “Tão só“. O single partiu da ideia de Corrêa de escrever uma carta para sua criança interior. Com letras que refletem sobre conquistas, erros e os obstáculos enfrentados ao longo da vida, a música traz uma mensagem de autossuperação. A sonoridade de “Tão só” é envolvente e pulsante, uma combinação de samples de voz, guitarras e sintetizadores que se une a um beat de trap, criando uma melodia carregada de emoção e nostalgia.

“Hell”, OCrioulo

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Integrante do potente coletivo negro juiz-forano Makoomba, Ocrioulo reflete sobre a sua mudança para o Rio de Janeiro na faixa “Hell”, que mostra sua habilidade de criar música que transcende o entretenimento. A faixa reflete a sua experiência de trocar Juiz de Fora pela Lapa, no “Hell” de Janeiro, com uma contemplação do universo, das estrelas e dos planetas. “O que o céu pode me contar? Júpiter está tão distante”, divaga a letra. “Eu sou do tipo de cara que tira foto do céu / Que vai na feira pra comer pastel”, continua. O lançamento foi marcado por projeções do clipe, ainda inédito, na Lapa: uma colagem de diversas perspectivas do Rio de Janeiro.

“Colinho”, Maria Beraldo

Maria Beraldo criou novos parâmetros para expressão da homoafetiviade feminina com “Cavala”, seu álbum de estreia, em 2018: um grito de saída do armário. Ela volta a abordar o tema abertamente em “Colinho”, seu segundo álbum solo, no qual elabora sua identidade de gênero não binária, como apontam as fotos de divulgação. Ela, inclusive, lançou, com Zélia Duncan, a faixa “Matagal”, no Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, em 29 de agosto. O volume ainda tem participações de Ana Frango Elétrico e Negro Leo. O álbum passeia por funk pouco melódico, samba de João Nogueira, pop, jazz, folk e canção popular, mostrando que Maria é um dos nomes fortes da nova MPB e veio para ficar. Maria caminha por sonoridades singulares, enquanto conjuga o (seu) sexo no mundo. O álbum ressoa o coletivo a partir de uma investigação particular.

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“Elã”, Reiner

O artista paraense Reiner, 29 anos, estreia em álbum com “Elã”, produzido por ele e Léo Chermont, guitarrista da banda Strobo. O trabalho traz uma síntese das diferentes sonoridades que podem ser ouvidas em Belém, cidade natal do artista, fundando o movimento que ele batiza de Amazofuturismo. Influências das músicas negra e indígena se misturam às guitarras que ecoam Sepultura e samples de Portishead. O título traz conceito emprestado do filósofo Henri Bergson, que cunhou o termo Elã Vital, uma espécie de desejo de criação, um impulso produtivo. A faixa “¿brasil profundo” questiona esse conceito com a poesia do roraimense Eliakin Rufino. “Não há Brasil profundo/ Brasil profundo foi inventado por quem pensa raso /Teóricos da superfície, acadêmicos urbanos, intelectuais do asfalto / Brasil profundo somos nós, nortistas, indígenas, quilombolas, caboclos, ribeirinhos, povos da floresta, somos vistos com desprezo.”

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