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Feira Cultural Árabe volta a acontecer neste sábado no Clube Cascatinha

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O objetivo da feira é divulgar a cultura árabe e dar continuidade ao trabalho que foi idealizado por Tufic Nabak (Foto: Divulgação)
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Em 2002, Tufic Nabak idealizou a Feira Cultural Árabe com o desejo de celebrar seus antepassados e sua cultura, que é tão presente em Juiz de Fora. Foram 17 anos sendo realizada de forma recorrente, e a feira foi ficando cada vez maior: reunindo não só juiz-foranos, mas pessoas de todo o Brasil que se encontravam anualmente. Desde a morte de Tufic, no entanto, em 2019, a feira não era realizada. “Foi um momento de luto”, afirma Cíntia Prado, diretora geral do Studio Tablado Árabe Nabak que, agora, assume o retorno da feira, que volta a acontecer neste sábado (21), no Salão Cristal do Clube Cascatinha. Os ingressos podem ser adquiridos no link, no Zine Cultural ou na secretaria do Clube Cascatinha.

Outras celebrações, nesses cinco anos, foram acontecendo, de forma a manter ainda unida a colônia árabe da cidade. Mas a feira seguiu adormecida. O que não faltava, de acordo com Cíntia, era o desejo de voltar a realizar o evento. “Muita gente estava me pedindo para voltar”, ela conta, lembrando também que a própria pandemia dificultou esse retorno. “E agora que nós encontramos um momento certo para voltar”. Cíntia explica que, neste ano, decidiram fazer o evento em um tamanho menor, já que, antes de ter essa pausa, a Feira Cultural Árabe trazia nomes renomados do Brasil e de fora e se estendia em mais dias. “Esse é um evento pocket, menor, que eu estou voltando. Mas ainda assim eu trago nomes de toda a região e todo mundo de Juiz de Fora que está envolvido com a cultura árabe.”

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Cíntia conta ainda que, apesar de ser uma feira árabe, o evento reúne outras culturas, como a cigana e a flamenca. “Elas conversam muito. Ou seja, é uma feira árabe, mas que envolve outras culturas”. No entanto, reforça: “De qualquer forma, o objetivo é divulgar a cultura árabe e dar continuidade a esse trabalho que o Tufic iniciou”. Mais que apresentar as culturas, Cíntia afirma que a ideia é também que haja uma contextualização do que acontece nesse dia. “Por exemplo, a gente fala muito das danças. Pessoas de toda a região de Minas Gerais e do Rio de Janeiro vêm participar, e todas envolvidas com a cultura árabe. Vamos falar muito sobre isso. Tem uma contextualização durante o evento. Explicando cada coisa, porque se faz assim. É bem cultural mesmo. É um evento que vai trazer muito conhecimento.”

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O Salão Cristal do Clube Cascatinha vai ser todo transformado para esse dia, ganhando espaços dedicados a uma área. São, ao todo, quatro grande ambientes, sendo eles o Mercado Árabe, com mais de 20 expositores de produtos artesanais e produtos típicos árabes, ciganos e esotéricos; o Lounge Árabe, com decoração típica, que funciona como um espaço de vivência para os visitantes; a Praça de Alimentação com Buffet Árabe e, então, a Mostra de Dança, no palco, com shows de danças árabes, ciganas e flamencas que reúnem bailarinas e músicos de Juiz de Fora e região e do Rio de Janeiro. O encerramento é com o Studio Tablado Árabe Nabak, que apresenta um show de gala. “É um dia inteiro de cultura árabe”, pontua Cíntia.

Ela ainda reforça que voltar com esse evento só é possível graças à força-tarefa que foi feita, principalmente a partir do Studio Tablado Árabe Nabak. “É muito difícil fazer. Porque envolve muita gente. Mas, junto comigo, eu tenho o grupo Nabak, que é um grupo de trabalho. É uma equipe que me ajuda. E só vamos conseguir porque todo mundo está doido para que esse evento volte”. Ao mesmo tempo, ela comemora os resultados que já estão sendo percebidos. “Vai ser um sucesso. Todo mundo estava esperando por isso. Até agora, por exemplo, já vendemos cerca de 300 ingressos.”

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Honrando a trajetória de Tufic

E assumir essa posição que, por 17 anos, foi assumida por Tufic é, também, uma responsabilidade. Mas dar prosseguimento é honrar, para Cíntia, o trabalho que ele fez pela cultura árabe na cidade. “É um trabalho que o Tufic fez muito consistente, toda essa trajetória dele”. Justo nesse momento, ela ainda vê uma oportunidade interessante de falar sobre a cultura árabe, em tempos em que se associa, de forma recorrente, esse povo a notícias ligadas à guerra. “Porque esse mundo ainda é muito associado a notícias ruins, às guerras. Mas é um povo de uma cultura incrível. Trazer esse outro lado da cultura arabe é importante. Deixar para trás as coisas ruins e trazer essa riqueza de uma cultura milenar, que traz muito conhecimento, uma musicalidade diferente. Então é muito importante dar continuidade à colônia árabe, do Clube Sírio e Libanês, que é grande em Juiz de Fora. Acho importante manter esse trabalho e continuar.”

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Aos poucos, a expectativa de Cíntia é que a Feira Cultural Árabe volte a ocupar o calendário oficial de Juiz de Fora e que, no próximo ano, ela esteja ainda maior. Sempre honrando a memória de Tufic e fazendo, deste momento, motivo de celebração. “Porque o que a gente faz é uma celebração da cultura árabe e uma forma da colônia se manter viva”, finaliza.

 

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