Foi pensando em acolher e fortalecer quem escutasse a canção que Pablo Abritta compôs seu primeiro single. “Livre pra ser” celebra ativistas e movimentos que lutaram pela causa LGBTQIA+, além de expressar seus sentimentos sobre a comunidade. O cantor e compositor tem 25 anos e escolheu o mês do orgulho LGBTQIA+ para fazer a homenagem, lançando sua música nesta sexta-feira (18) nas plataformas digitais.
“A música fala sobre o acolhimento da comunidade com si mesma, para que a gente nunca se sinta sozinhx e que saibamos nos fortalecer como coletivo. Divulgar essa mensagem no mês do orgulho LGBTQIA+ é muito importante, mostra que nossa existência tem que ser celebrada, pois muitxs ativistas deram a vida por esse movimento”, comenta Pablo.
A Nova York de 1969 presenciou diversas manifestações a favor dos direitos LGBTQIA+ e, de acordo com Pablo, personalidades como Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera foram fundamentais para que hoje o Dia do Orgulho LGBTQIA+, dentre outras conquistas, seja celebrado. A partir daí surgiu a ideia das referências musicais para o single. “A ideia nasce da necessidade de celebração a essas pessoas. Se temos alguma brecha de direitos hoje ou de mais aceitação pela nossa existência, é devido ao comprometimento que essas pessoas tiveram em sobreviver”, diz o cantor.
A produção foi realizada com o apoio da Lei Aldir Blanc de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal.
Influência do teatro
Em 2014, Pablo subiu aos palcos pela primeira vez com uma peça teatral, e desde então tenta unir a música ao teatro. “Para esse projeto quis pensar em uma estrutura musical que mesclasse minha vivência cênica na melodia e nas referências visuais do clipe. Ao mesmo tempo, trabalhei uma sonoridade mais pop para alcançar mais pessoas.” Dessa maneira, o cantor se inspirou em musicais da Broadway, como “Dear Evan Hansen”, para escrever a letra de “Livre pra ser”.
Videoclipe e acessibilidade
O videoclipe buscou dar acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, através da participação da intérprete de libras Dandara Diniz. Para reforçar o sentimento de acolhimento que o single propõe, o clipe apresenta símbolos de resistência, referências musicais que inspiraram a produção e fotos com amigos, artistas e ativistas da comunidade. “A construção desse single partiu de mim, mas conecta muitas vivências, tanto na equipe que trabalhou comigo quanto nas pessoas que participaram do clipe”, conta Pablo.
“Falar sobre a comunidade LGBTQIA+ na qual estou inserido é de extrema importância no país que mais mata e discrimina nossa existência. Essa celebração tem que ser algo recorrente, não apenas no mês que nos é destinado, existimos todos os 12 meses do ano. O single é também um manifesto de respeito, para que as pessoas entendam que nossos corpos, vivências e identidades existem e estão em todos os lugares exigindo respeito e direitos igualitários”, ele completa.
“Livre pra ser” está disponível a partir desta sexta no Spotify, Deezer, iTunes e no canal no YouTube de Pablo Abritta. Lorrany Kirchmayer assina a direção de arte do clipe, Nitay Krishna a iluminação e mapa de luz, Gabriella Weiss fez a produção de cena e Pedro Soares assina direção, fotografia e edição.