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Rosângela Rossi lança livro em que defende a meditação

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O Deus que está no título, alerta Rosângela, não passa pela religião: “É o Deus de que Espinosa fala, de que Einstein fala, que está em cada átomo, em cada elétron”.
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O individualismo contemporâneo ganha contornos cada vez mais complexos com os avanços da tecnologia. Se em décadas atrás a promessa era a criação de vidas em redes, a realidade confrontou o homem com solitárias vidas conectadas. Sobram cliques e faltam abraços. Avolumam-se aplicativos para facilitar a vida a sós e escasseiam-se os pontos de encontro, os apertos de mão, os olhos nos olhos. E o segredo para a vida feliz está, justamente, nas conexões, defende a terapeuta e escritora Rosângela Rossi em seu “D’eus das possibilidades infinitas”. “Ou você se liga ao todo ou você se conecta às coisas negativas. Ou usamos as possibilidades da vida ou seremos engolidos pelo trágico”, reforça Rosângela, membro da Academia Juizforana de Letras.

Estava dentro do avião, retornando, inebriada, de Dubai, quando começou a refletir sobre o lugar de onde partia. “Em 50 anos, o xeque transformou um deserto na cidade mais rica do mundo. Isso mexeu muito comigo. E vi que tudo estava na fé dele. Pensei, então: as possibilidades são infinitas quando a gente se liga ao todo”, conta a filósofa clínica e psicopedagoga, que lança a obra nesta quarta (18), às 19h, no Espaço Excalibur. “É um livro para as pessoas pensarem nas possibilidades da abundância, da saúde e do amor. Em todas as possibilidades que temos”, adianta, informando que os exemplares serão todos doados. “É para enfrentar numa frequência de realização”, diz. “É um livro para andar na bolsa, para que a todo momento você se lembre que é possível.”

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O Deus que está no título e em muitas das páginas da obra, alerta Rosângela, não passa pela religião. “É o Deus de que Espinosa fala, de que Einstein fala, que está em cada átomo, em cada elétron. Quando faço essa ligação com esse Deus, meu cérebro se conecta à totalidade infinita. As pessoas que estão na sombra criam um cérebro cinzento. E as pessoas que estão no todo criam um cérebro luminoso”, explica a terapeuta, destacando tratar-se, portanto, de um Nós com letra maiúscula. Sua proposta é um contraponto “ao mundo egóico, sempre para mim. A gente se esquece que não há construção sem conexão. A gente precisa doar para receber.”

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‘A chave de tudo é a gratidão’

Para Rosângela, viver a contemporaneidade é um desafio que pode ser muito prazeroso. “O Marcelo Gleiser, um físico que ganhou o Prêmio Nobel da espiritualidade, fala que o poder entra e o amor sai. A pessoa, na ganância de ter, num materialismo enlouquecido, perde o amor e a chance da partilha. Tanto Sócrates quanto Buda e Jesus falam isso. As pessoas leem e não aplicam. Conhecimento não vivido é conhecimento perdido. O essencial é eu e você, e esse é o nosso compromisso de fazer acontecer a partir de agora. Quem agradece faz acontecer. A chave de tudo é a gratidão”, pontua, citando gestos cotidianos de agradecimento, do sol à água, passando por todas as coisas mais simples que vivenciamos sem nos darmos conta. “Os grandes filósofos já falam isso. Precisamos resgatar isso para nos apaixonarmos pela vida.”

A meditação pode ser um instrumento para as conexões mais profundas, aponta a terapeuta, que se tornou sanyase na prática, ou seja, alguém com o compromisso de transmitir os benefícios da meditação para o mundo. Numa viagem à Índia, ela se comprometeu a divulgar a meditação e, também, os sorrisos. “Hoje trabalho com neurociência, física quântica, literatura de uma forma integrada. O caminho é realizar conexões. O que é 20 minutos para parar e meditar? Não é nada perto de todo o bem que pode gerar. Quando você para e medita entra na conexão com o todo”, explica, afirmando que, para isso, não é preciso lugar ou hora específicas. “A meditação é a coisa mais simples. Basta observar a respiração.”

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D’eus das possibilidades infinitas

Lançamento de Rosângela Rossi, nesta quarta (18), às 19h, no Espaço Excalibur (Rua São Mateus 265 – São Mateus)

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