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Estreia filme sobre a trajetória do primeiro homem a pisar na Lua

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o primeiro homem a pisar na lua
Neil Armstrong (Ryan Gosling, no centro) ganha cinebiografia que tem como foco principal o homem que havia por trás do mito (Foto: Divulgação)
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O norte-americano Neil Armstrong (1930-2012) era, assim como nós, ser humano de carne e osso, com sua personalidade, suas qualidades, seus defeitos, sonhos, e que procurou viver sua vida da melhor forma possível. A diferença, porém – e da qual sempre evitou se gabar – é que ele foi responsável por um dos momentos mais importantes do século XX e da história da humanidade, ao se tornar o primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969, pouco mais de oito anos depois do soviético Yuri Gagarin se tornar o primeiro homem a ir ao espaço, a nossa fronteira final.

Contar um momento épico de nossa história poderia se tornar mais um (bom) filme hollywoodiano, a exemplo de “Os eleitos” ou “Apollo 13”, mas “O primeiro homem”, longa de Damien Chazelle que estreia nesta quinta-feira (18), prefere tomar outro rumo. Mais intimista no retrato de seu protagonista e, ao mesmo tempo, impessoal, até mesmo burocrático, em retratar a rotina da corrida espacial, o quarto filme do diretor de “La la land” e “Whiplash” busca fazer do “pequeno passo para um homem um grande salto para a humanidade” a história do homem comum que buscava levar uma vida ordinária, mas que foi o personagem principal de um feito extraordinário, ainda mais por conta de todos os percalços passados por cientistas, astronautas e seus entes queridos.

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Baseado no livro homônimo de James R. Hansen, “O primeiro homem” mostra a vida de Neil Armstrong entre 1961 até pouco depois da chegada à Lua. Para dar vida ao astronauta, o escolhido foi Ryan Gosling, que já havia trabalhado com Chazelle em “La la land”, talvez o ator ideal para reproduzir na tela grande o charme inexpressivo de Armstrong – sujeito introvertido, de poucas palavras e avesso a badalações, superexposição, que preferia guardar para si suas emoções.

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Por isso mesmo, a aposta de “O primeiro homem” não é nas frases “maiores que a vida”, trilha sonora grandiloquente ou cenas de ação que resvalassem na ficção científica. A ideia é mostrar como a corrida espacial foi um dos maiores desafios para o ser humano, com todos os riscos envolvidos, os tiros no escuro, os acidentes que ceifaram as vidas de inúmeros astronautas, de como tudo estava sempre a um passo de dar terrivelmente errado. Uma corrida contra o tempo que, ironicamente, precisava de método e disciplina.

E como os astronautas, sujeitos de carne e osso, falíveis, mortais e frágeis dentro de estruturas claustrofóbicas e rudimentares (pelo menos para os padrões de hoje), estavam no centro de tudo isso, quase como ratos de laboratório que poderiam ser descartados a cada desastre. O longa tenta mostrar, então, como Neil Armstrong – que havia acabado de passar pela tragédia da perda de uma filha – adota uma personalidade de poucas e calculadas palavras, fechada, reflexiva, de olhar inexpressivo, para passar por todos os treinamentos, a primeira viagem ao espaço, em 1966, até ser escolhido como o comandante da Apollo XI, que levaria o homem à Lua pela primeira vez – entre os motivos para a escolha, sua discrição e sangue frio em situações de risco.

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Além do cotidiano da Nasa, o longa também se ocupa da vida privada do astronauta, que tinha em casa uma esposa (Claire Foy) de temperamento forte, temerosa de que o marido fosse para o espaço e nunca mais voltasse, deixando-a só com os filhos. Há, claro, toda a jornada de Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins até nosso satélite, mas o que tem feito a crítica colocar “O primeiro homem” como um dos mais fortes concorrentes ao próximo Oscar é a preocupação de Chazelle em se dedicar ao homem que havia por trás do mito.

O primeiro homem

UCI 2 (leg): 13h40 (exceto sab, dom), 19h30, 22h25 (todos os dias). UCI 2 (dub): 16h35. Cinemais Jardim Norte 5 (dub): 15h40, 21h15. Cinemais Jardim Norte 5 (leg): 18h15.
Classificação: 12 anos

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