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‘Tempestade: Planeta em fúria’ estreia em Juiz de Fora

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Não vai faltar cartão-postal para ser destruído no mais recente filme de destruição mundial (Foto: Divulgação)
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“Tempestade: Planeta em fúria”, que estreia nesta quinta-feira no Brasil, é mais um exemplar do gênero cinema-catástrofe, aquele composto por filmes geralmente imbecis que só têm graça por conta das cenas de destruição, geralmente mais impressionantes à medida que os efeitos especiais melhoram, estrelados por atores de segundo escalão (John Cusack, Dennis Quaid, mas às vezes pinta um Bruce Willis). São produções para o espectador se entupir de pipoca e refrigerante por cerca de duas horas, se impressionar com o grau de devastação, torcer pelos protagonistas à beira da morte, o cachorro que precisa correr pela vida, e esquecer o que assistiu cinco minutos depois de deixar a sala de exibição.

Os filmes do gênero (também apelidado de cli-fi) costumam se concentrar, normalmente, em apenas um tipo de tragédia: mega terremotos (“Terremoto: Falha de San Andreas”), asteroides gigantes (“Armaggedon”, “Impacto profundo”), uma nova Era Glacial (“O dia depois de amanhã”) ou o deslocamento da crosta terrestre (“2012”) que vai zoar todo o barraco planetário. Pois “Tempestade: Planeta em fúria” resolve pegar vários elementos de alguns destes longas e fazer uma extravagância cinematográfica que ultrapassou os US$ 100 milhões de orçamento e levou três anos para ser lançado – e ainda por cima pouco tempo depois da série de furacões que devastou países da América Central e parte dos Estados Unidos, sem se esquecer do terremoto no México.

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Um dos responsáveis pelo filme é Dean Devlin, que tem no currículo roteiros para os dois “Independence Day” e “Godzila”, de Roland Emmerich. Ele é o roteirista e diretor (estreante) do longa passado em um futuro indefinido, em que a Terra sofria com as alterações climáticas. A solução foi criar uma rede de satélites global que passou a controlar o clima em todo o mundo, impedindo catástrofes naturais de toda sorte.

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Falha no sistema

Todo mundo está feliz com o sistema, conhecido como “Dutch Boy”, até um dos satélites apresentar mau funcionamento e provocar uma tempestade de neve que mata todos os moradores de uma vila no Afeganistão. Como tragédia pouca é bobagem, o “Dutch Boy” enlouquece e passa a provocar tempestades de granizo com pedras de gelo do tamanho de carros, tsunamis, tornados às dúzias, tempestades de raios. E não faltarão cenários de cartão-postal para serem destruídos, como Dubai, Tóquio e Rio de Janeiro.
O personagem principal da história é o designer de satélites Jake Lawson (Gerard Butler), um dos responsáveis pelo sistema de satélites que terá de voltar ao espaço para tentar impedir uma desgraça ainda maior. Como todo protagonista de filmes do gênero, ele é quem vai servir de ponte com o público ao ser o cara que precisa negligenciar a família – no caso, a filha – em nome do trabalho.

Outros personagens importantes no longa são dois agentes do governo dos Estados Unidos, Sarah Wilson (Abbie Cornish) e o irmão de Jake, Max Lawson (Jim Sturgess), que descobrem que os satélites podem ter sido sabotados para criar uma supertempestade. Eles terão, então, que sequestrar (!) o presidente dos Estados Unidos (Andy Garcia), que detém os códigos para desligar os satélites e corre risco de ser assassinado pelos tais sabotadores. Parece coisa do SyFy Channel, mas não é.

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Se a história parece ultrapassar todos os limites da megalomania, “Tempestade: Planeta em fúria” corre o risco de ser um verdadeiro desastre nas bilheterias. As principais filmagens ocorreram entre outubro de 2014 e fevereiro de 2015, com previsão de estreia em 25 de março de 2016, mas logo foi adiado para dar lugar a “Batman vs. Superman: A origem da Justiça”. E foi sofrendo novos e novos adiamentos, principalmente após a péssima recepção em sessões de teste ocorridas em outubro de 2015 – que resultaram em filmagens adicionais com a inclusão de novos personagens e a retirada de outros. Quem comandou as filmagens foi outro diretor, Danny Cannon – pois Dean Devlin “não estava disponível” para as refilmagens, que consumiram US$ 15 milhões em mais um delírio hollywoodiano travestido de filme B.

 

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divulgação

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