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Morre Rachel Jardim, escritora juiz-forana, aos 96 anos

rachel jardim
Foi sobre a escrita e a memória que Rachel mais se debruçou. Mas, além disso, ela teve seu nome marcado pela luta patrimonial (Foto: Arquivo TM)
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Morreu, nesta terça-feira (15), a escritora Rachel Jardim, aos 96 anos. Nascida em Juiz de Fora, aos 16 anos ela se mudou para o Rio de Janeiro, onde permaneceu. Além da escrita, Rachel dedicou, também, sua vida ao patrimônio. A causa de sua morte ainda não havia sido divulgada até a edição desta matéria. 

Seu primeiro livro, “Os anos 40”, foi escrito em 1973. Rachel já se apresenta à literatura com um romance memorialístico, tendo esse gênero constantemente associado ao seu nome. Ela lançou ainda dois livros de contos: “Cheios e ruídos” (1975) e ” Cristaleira invisível” (1982). Entre eles, os romances “Vazio pleno”, de 1976, e “Inventário das cinzas”, de 1980. “O penhor chinês”, de 1985,  teve sua quinta edição em Juiz de Fora, em 2005. Na época, ela afirmou se tratar de um livro sobre a cidade, a mulher e o homem dos anos 1920, tendo o Rio de Janeiro como cenário. O último livro escrito foi “Um reino à beira do rio”, em 2004. Além deles, Rachel também participou de antologias e escreveu para o teatro. 

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Foi sobre a escrita e a memória que Rachel mais se debruçou. Mas, além disso, ela teve seu nome marcado pela luta patrimonial. Em entrevista para a Tribuna, em 2016, nas vésperas de completar 90, ela afirmou ter sido a primeira diretora do Patrimônio Cultural no Rio, quando ele foi criado. “Pedro Nava foi o presidente do conselho e eu fui diretora do departamento que depois virou uma secretaria”, disse, à época, afirmando, em seguida, também ser advogada. 

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Já na época da entrevista, Rachel afirmou que não escrevia mais. “Tenho preguiça de escrever, de ficar sentada. Escrever dá muito trabalho. É uma mão de obra horrível.” Mas prosseguiu dizendo que ainda gostava de ler: “O que me dá o maior prazer na vida é ouvir música e ler”. Recentemente, no entanto, ela escreveu uma das orelhas do livro de Rodrigo Fonseca Barbosa, “Sete mentiras e uma verdade”.

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