Oito iniciativas físicas e jurídicas serão premiadas pela 18ª edição do Prêmio Amigo do Patrimônio. A premiação dá foco a iniciativas que defendem, conservem e divulguem o patrimônio cultural de Juiz de Fora. A cerimônia acontece no Dia Nacional do Patrimônio Cultural, 17 de agosto, às 18h30, no Teatro Paschoal Carlos Magno, e é aberta ao público.
Neste ano, pela primeira vez, os premiados foram escolhidos através de edital aberto pela Funalfa. Esta foi a forma encontrada para garantir mais transparência ao processo de escolha dos contemplados. 19 indicações foram avaliadas pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), que promove anualmente o evento, com organização da Funalfa, por meio do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural (Dmpac).
Os premiados deste ano são:
Célio Pereira de Oliveira – Em reconhecimento ao uso correto dos mecanismos legais para a execução de intervenções e restauro do imóvel localizado na Rua Batista de Oliveira 622/624, bem cultural em processo de tombamento.
Damata Produções Culturais | Projeto “Caminhada Juiz de Fora Negra” – Em reconhecimento ao projeto, ressignificado pelos produtores, que promove, de maneira contínua, o mergulho na história e na territorialidade negra do município, no intuito de romper a baixa representatividade de grupos sociais minorizados da cidade e o apagamento dos nossos espaços públicos.
Feijão de Ogun – Reconhecimento do evento que, há duas décadas, promove debates contra o racismo em todas as suas estruturas, garantindo, através da ocupação dos espaços públicos, interação interreligiosa, através de debates e encaminhamentos em prol da visibilidade dos povos e comunidades tradicionais de religiões de matriz africana. A partir do sentido constante de luta, destaca-se o papel simbólico de integração com a comunidade por meio do tradicional feijão, elaborado colaborativamente e distribuído de maneira gratuita.
Grupo de Dança Folclórica Italiana Tarantolato – Em reconhecimento à trajetória do grupo e trabalho de construção simbólica da cultura italiana através da dança.
Iriê Salomão de Campos – Em reconhecimento à trajetória do artista plástico que tem diversos trabalhos relacionados ao patrimônio cultural.
Marina Castro – Pelo trabalho de divulgação e valorização do patrimônio cultural, através de pontos turísticos da cidade e bens tombados, a partir do uso de imagens autorais reproduzidas em objetos decorativos e de uso pessoal.
Mestres Gilson Aparecido de Oliveira (Kakinho), Paulo Elias Gomes e Ricardo Oliveira – Em reconhecimento à atuação dos mestres de capoeira que, com empenho e dedicação, organizam e mantêm a Roda da Feira Livre de Domingo, na Praça Negro Teóphilo, reforçando o sentido da ancestralidade, da troca de saberes e promovendo a salvaguarda efetiva desse bem cultural que é patrimônio da humanidade.
Associação Cultural Bloco Afro Ilú Axé Muvuka – Em reconhecimento aos projetos de oficinas de educação para o patrimônio cultural e atuação musical que extrapolam os limites do município, conectando pessoas por meio de diferentes ritmos e que contribuem para o reconhecimento da imaterialidade cultural mineira e afro-brasileira.