
Com a filha nas mãos de criminosos, Cage assume a postura durona de sempre em “Fúria”
Robert Downey Jr. retorna à terra natal para defender o pai, um juiz com Alzheimer
Nicholas Kim Coppola, mais conhecido por Nicolas Cage, é um daqueles notórios casos de astros de Hollywood que descambam para a vida fácil (ou seja, contracheque garantido) dos blockbusters e filmes de ação que têm boa saída no mercado de DVDs. O astro, que ganhou fama em filmes independentes como “Arizona nunca mais”, “Coração selvagem” e “Despedida em Las Vegas” (que lhe rendeu um Oscar de melhor ator), atualmente participa de produções menores como “Fúria”, uma das estreias desta semana nos cinemas, em que ação, suspense, tiros e reviravoltas típicas do gênero devem fazer a alegria da galera que gosta da linha “Desejo de matar” e afins.
Na produção, dirigida pelo espanhol Pablo Cabezas (“Carne de neón”), Cage encarna o ex-mafioso Paul Maguire, que resolveu largar a vida criminosa e curtir a paz e tranquilidade ao lado da mulher, Vanessa (Rachel Nichols), e da filha Caitlin (Aubrey Peeples, do antológico filme trash “Sharknado”), tornando-se um comerciante bem-sucedido. Como o passado gosta de bater à porta de quem tem esqueletos no armário, a filha do casal é sequestrada enquanto ele e a amada estavam em um restaurante.
Sem confiar na polícia, Maguire resolve fazer sua investigação paralela e convoca dois ex-parceiros do crime, Kane (Max Ryan) e Danny (Michael McGrady), para descobrir quem resolveu se vingar dele através da família. Convencido de que a máfia russa é responsável pela vendeta, ele parte em busca de vingança nos moldes de Liam Neeson em “Busca implacável” e Arnold Schwarzenegger, nosso austríaco favorito, em “Comando para matar”. Mexeu com a família…
FÚRIA
UCI 2: 18h50, 21h (todos os dias) e 23h10 (sexta-feira e sábado)
Classificação: 16 anos
Em nome do pai
Dramas de tribunal costumam ser um chamariz de audiência nos Estados Unidos, seja no cinema ou na televisão. A mais nova atração do gênero é o “O juiz”, produção que estreia no Brasil nesta quinta-feira com Robert Downey Jr. no papel principal, dando um tempo nas suas estripulias como o playboy multi-mega-milionário Tony Stark, das franquias “Homem de Ferro” e “Os Vingadores”, e o detetive inglês Sherlock Holmes.
O filme, dirigido por David Dobkin, é centrado no personagem encarnado por Downey, o advogado de sucesso Hank Palmer. Vivendo em Chicago, ele precisa voltar a seu estado natal, Indiana, para acompanhar o velório e enterro da sua mãe. Chegando lá, ele descobre que seu pai, o juiz Joseph Palmer (Robert Duvall, Oscar de melhor ator por “A força do carinho”, de 1983), é o principal suspeito do assassinato da mulher, mesmo sofrendo do mal de Alzheimer. Como era de se esperar, ele decide defender seu progenitor na corte.
Só que nem tudo poderia ser tão fácil, preto no branco, para o advogado. Ao mesmo tempo em que cuida da tarefa de provar a inocência do juiz, ele tenta estreitar os laços com o pai, ausente durante a sua criação. Não faltam elementos dramáticos ao longa, que, segundo a crítica, pode render a Downey Jr. sua segunda indicação ao Oscar – a primeira foi pelo papel principal em “Chaplin”, de 1992, antes de ele se perder no vício das drogas que quase arruinou sua carreira.
Além da dupla de protagonistas, “O juiz” ainda tem no seu elenco outro vencedor da estatueta dourada, Billy Bob Thornton (pelo roteiro adaptado de “Na corda bamba”, em 1996), e mais uma indicada ao prêmio de melhor atriz, Vera Farmiga (“Amor sem escalas”, de 2010), além de Vincent D’Onofrio.
O JUIZ
Alameda 5: 15h20, 18h40 e 21h30
Classificação: 12 anos