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Papinha com toque gourmet

papinha fernando
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A partir dos 6 meses de idade, os bebês, que ainda têm um mundo de descobertas pela frente, conhecem um universo cheio de novidades: a gastronomia. É nessa idade que os pequenos começam a consumir as papinhas doces e salgadas, quando o leite materno já não é suficiente para suprir toda a demanda nutricional das crianças, conforme indica a nutricionista Carolina Machado.”Nessa fase, a educação alimentar deve ajudar a criança a adquirir hábitos alimentares saudáveis, para que organismo consiga se adaptar a cada etapa da evolução da alimentação”, explica ela.

Nos supermercados, há várias opções de papinhas doces e salgadas industrializadas, que parecem saudáveis, já que não possuem conservantes ou açúcar, mas não têm a mesma riqueza nutricional da comidinha feita em casa. “As caseiras são mais nutritivas por serem feitas com ingredientes frescos, e, normalmente, as industrializadas possuem pouca variedade de sabores e repetem alimentos do mesmo grupo, como batata e macarrão, por exemplo. Em casa, é possível aumentar a diversidade de sabores e nutrientes, algo que ajuda a educar o paladar do bebê para que ele coma de tudo”, ressalta Carolina, destacando que não se deve adicionar sal ou açúcar, para evitar hipertensão, obesidade e para que a criança conheça o paladar de cada alimento.

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Quando o pequeno Arthur, hoje com 10 meses, nasceu, a profissional de marketing Fabiana Salgado Cid se revezava entre o papel de mãe e, ao mesmo tempo, buscava um ramo em que pudesse abrir seu próprio negócio. Aficionada por gastronomia e tendo feito diversos cursos na área, ela criou a Papinha Bacana, empresa que produz potinhos dos alimentos, pensando na praticidade do serviço para as mamães. “Normalmente, as papinhas precisam combinar alimentos de variados grupos: folhas, legumes, carboidratos, proteínas, e usa-se muito pouco de cada um, porque as porções são pequenas. Então, se você não quer dar a mesma papinha ao bebê várias vezes, há um certo desperdício. Além disso, o preparo dos alimentos toma um certo tempo”, observa ela.

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Saúde e sabor 

Depois de fazer um curso específico de preparação de papinhas, Fabiana resolveu adicionar à alimentação dos bebês um pouco de sofisticação. Em seu cardápio, há versões de papinha árabe (à base de ingredientes tradicionais desta cozinha como grão-de-bico e berinjela) e italiana (que leva molho de tomate, equilibrado com inhame, macarrãozinho integral e tem como folha o manjericão). Já a papinha colorida (ver receita em  tribunademinas.com.br) traz uma bela apresentação e diferentes texturas. “É interessante servi-la em camadas ou, se a mamãe preferir, usar um pratinho, dar uma colherada com um pouquinho de cada uma delas, para que o bebê vá se acostumando aos sabores e consistências diferentes. A apresentação também faz toda a diferença para os que são um pouco maiores e percebem as cores diferentes. Com tudo isso, pode-se criar uma relação diferente na hora de comer, podendo fazer com que as crianças se alimentem melhor futuramente”, finaliza Fabiana.

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Dicas
A receita de papinha colorida, criada por Fabiana Cid, rende de 4 a 6 porções. Portanto, ela orienta que seja congelada em potinhos de vidro com tampa de plástico (dura até 30 dias no freezer; depois de descongelada, deve ser consumida em 24h). “Não se deve reaproveitar o potinho das papinhas industrializadas, porque o metal da tampinha oxida e, em contato com o alimento, prejudica a saúde”, acrescenta.
Nesta receita, a carne, que deve ser sempre fresca e moída três vezes, pode ser substituída por qualquer outra proteína, mas ela alerta que o uso de frango requer cuidados, como evitar fiapos compridos, que podem fazer a criança engasgar. Fabiana usa, como folhas, cebolinha, salsa e couve, e opta pelo óleo de coco orgânico, que deixa a receita mais saudável. “Ele é excelente, pois não satura com o aquecimento. Como opção, eu recomendaria o de canola.”
Além da saúde e da nutrição, Fabiana diz não perder de vista o sabor de suas criações. “Às vezes, vejo umas combinações estranhas de papinhas e penso: isso não pode ser bom (risos). Crio as receitas me preocupando com a nutrição e as orientações médicas, mas procurando fazer com que as crianças gostem de comer, de fato.”

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