Está disponível até domingo (17), no YouTube de Flávia Adário, o espetáculo virtual “Mil tons de Milton – Por entre esquinas Brasil afora”, da Pé com Alma, companhia da qual Flávia é bailarina, coreógrafa e diretora artística. Um produto que nasceu do desejo que ela cultivava há tempos de homenagear, a partir de sua arte, a vida e a obra de Milton Nascimento. “É um trabalho que traz a parceria perfeita entre as artes, unindo dança, música e poesia”, antecipa no vídeo de apresentação do projeto.
A Pé com Alma é uma companhia de dança que também funciona de maneira virtual, com alunos de vários lugares do Brasil. E é por isso que as apresentações de fim de ano costumam acontecer também dessa forma. Flávia tinha o desejo de homenagear Milton, mas não sabia exatamente como. E pensar nas músicas foi um processo difícil, já que o músico e compositor tem uma série de canções que dão margem à criatividade e merecem ser rememoradas e reinterpretadas, a partir da dança.
Ainda no ano passado, o processo começou, também on-line, já que tanto os integrantes quanto os convidados que ela tinha em mente para participar da apresentação estavam distantes, inclusive, alguns, fora do Brasil. “Seguimos on-line até que em junho fiz o convite para Rita Viana fazer parte. E seguimos aqui em Juiz de Fora, onde residimos.” Depois, ela partiu para a execução, já com as músicas selecionadas e coreografadas.
Flávia teve a ideia de viajar pelo Brasil dançando as músicas e, inclusive, encontrando alguns integrantes do grupo que participaram das filmagens, seja dançando ou mesmo executando as canções de Milton. Tendo o roteiro guiado por um trem que passeia por entre as cidades e as músicas, Flávia dança, seja solo ou acompanhada, por espaços históricos e públicos de todo o Brasil. Lugares esses que têm tudo a ver com a música conduzida.
Além das danças, Flávia convidou algumas pessoas para homenagear Milton, interpretando, de forma livre, outras músicas do compositor que não foram coreografadas mas que conversam com a proposta de “Mil tons de Milton”. É, para ela, um trabalho que une poesia, dança e música e potencializa a arte. “Muito além de chegadas e partidas, a arte nos une sempre de corpo e arte”, finaliza, no vídeo de apresentação.
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