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Cidade histórica de Tiradentes recebe o Festival Artes Vertentes

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A barroca cidade de Tiradentes será palco para a 12ª edição do Festival Artes Vertentes, com programação que se estende até o dia 26 (Foto: Marlon de Paula)
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Começa, nesta quinta-feira (16), a 12ª edição do Festival Artes Vertentes, em Tiradentes. A programação se estende até o dia 26. Este é considerado um dos principais eventos no país que promove o encontro das artes de forma integrada. Neste ano, traz o tema “Paisagens imaginárias”, que norteia os concertos, exposições, exibições, espetáculos, bate-papos, residências artísticas e oficinas, dentre outros. Algumas apresentações são pagas e os ingressos podem ser adquiridos no link.  

A temática escolhida para este ano tem o intuito de ampliar a reflexão sobre a arte e seus diálogos, o que se manifesta diretamente nos artistas escolhidos pela curadoria na programação, que conta com música, literatura, teatro, dança, cinema, artes visuais e oralidade. Participam do Festival Artes Vertentes pessoas de todo o Brasil, bem como do exterior. Além disso, o tema pretende conversar com a localidade onde o festival acontece: é perceptível as mudanças nas paisagens de Tiradentes, sobretudo pelas explorações reais e imateriais. 

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Confira alguns destaques

A programação começa já nesta quinta, a partir das 17h, no Centro Cultural Yves Alves, com grupos musicais da Ação Cultural Artes Vertentes: Musicalização Artes Vertentes, Pequenos Grandes Violinistas e Coro VivAvoz. Depois, às 18h, tem a abertura da exposição “Anjos caídos”, com obras da fotógrafa, jornalista e escritora francesa Emilienne Malfatto. A mostra reúne obras que abordam a perda, o luto, o trauma e a ausência, com foco na memória dos Yazidis, minoria religiosa curda, estabelecida em uma região localizada na fronteira entre o Iraque e a Síria. 

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Já o Sobrado Quatro Cantos inaugura, às 18h, a exposição “Da casa à paisagem”, em parceria com o Campus Cultural UFMG Tiradentes. São obras assinadas por Andrea Lanna, Daisy Turrer, Elisa Campos, Fernanda Goulart, Liliza Mendes, Roberto Bethônico e Rodrigo Borges. Em seguida, às 19h, no Largo de Sant’Anna, acontece a apresentação do espetáculo de dança e música “Vós que pulsais”, inspirado no conto “O lobisomem de Minas”, do escritor suíço Blaise Cendrars. A montagem é fruto de um processo fomentado pelo próprio festival, durante os anos de 2022 e 2023, por Morena Nascimento, Sofia Leandro e Bruno Santos. Encerrando o primeiro dia, às 20h30, tem o concerto “Você se lembra da noite?”, na Matriz Santo Antônio, inédito no estado, reunindo a soprano Eliane Coelho e o pianista Gustavo Carvalho, que fazem homenagem a Serguei Rachmaninov.

Na sexta-feira (17), a programação começa com exibição do filme “Kirikou e a feiticeira”, do francês Michel Ocelot, no auditório do Centro Cultural Yves Alves, às 9h. O longa vai ser reexibido às 14h. Às 11h, no Sobrado Quatro Cantos, tem mesa-redonda com os fotógrafos Walter Firmo e Evandro Teixeira. Já às 16h30, as escritoras Ana Martins Marques e Aline Motta lançam seus livros: “De uma a outra ilha” e “A água é uma máquina do tempo”, no Marcas Mineiras. 

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Kiko Dinucci faz parte da programação, apresentando seu show solo com canções de seu álbum “Rastilho” (Foto: Aline Belfort)

O Museu Padre Toledo recebe, às 18h30, o programa Visões do Ontem, Memória do Amanhã, que mistura literatura, música e cinema. Durante a apresentação, Sofia Leandro e Bruno Santos interpretam Vinícius Baldaia e Thiago Vila em diálogo com o curta-metragem “A plataforma”, de Chris Marker, e com a poesia de Felipe Franco Munhoz. Logo depois, às 20h, Aline Motta realiza uma leitura performática com projeção em vídeo baseada no seu primeiro livro, “A água é uma máquina do tempo”. No jardim interno do museu, às 21h, no Palco Canudos, Kiko Dinucci apresenta seu show solo, em formato voz e violão, com canções de seu álbum “Rastilho” e outras que integram seus outros projetos, como Metá Metá e Passo e Torto. 

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Sábado (18), o festival começa com leitura e encontro com a escritora e cineasta Rita Carelli, autora de “Menina mandioca”, livro fruto de sua vivência em terras indígenas durante sua infância. O encontro acontece no Centro Cultural Yves Alves, a partir das 11h. Às 15h30, também no centro cultural, tem sessão dupla de cinema, dos curtas “Yaõkwa, imagem e memória”, de Rita e Vicent Carelli e “A Era de Lareokotô”, também de Rita. Em seguida, às 16h30, no Marcas Mineiras, tem café literário, com Emilienne Malfatto e Rita Carelli, que lançam os livros “Que por você se lamente o Tigre” e “Terrapreta”. 

Roger Deff, nome importante do hip-hop mineiro, se apresenta no Palco Canudos (Foto: Nereu Jr.)

Às 18h, tem música, com o concerto “Esperar apenas a primavera para florir”, na Igreja São João Evangelista, com peças de John Cage, Sofia Gubaidulina, Leonardo Martinelli e Claude Debussy, interpretadas pela mineira Cássia Lima (flauta), o canadense Peter Pas (viola) e argentina Soledad Yaya (harpa), tecendo um diálogo com a poesia de Ana Martins Marques. No Centro Cultural Yves Alves, às 19h30, tem exibição do filme “Aguirre, a ira de Deus”, de Werner Herzog. Para encerrar o dia, às 21h, no Palco Canudos, tem Roger Deff, nome importante do hip hop mineiro. 

No domingo (19), tem Café literário com Laura de Mello e Souza, Walter Firmo e Evandro Teixeira, no Marcas Mineiras, a partir das 10h30. Ao meio-dia, acontece o concerto “Postais de parte alguma”, na Igreja São João Evangelista. Ele é dedicado aos compositores Leonardo Martinelli e Luciano Berio, e contará com leituras de Ana Martins Marques. Às 15h, no Sobrado Quatro Cantos, tem mesa sobre o tema “Democracia racial nas artes: paisagens futuras para o Brasil”, com Iberê Carvalho e Roger Deff e mediação de Elidayana Alexandrino. Às 17h, no Centro Cultural Yves Alves, tem exibição do filme “Barcelona ou a morte”, um documentário de  Idrissa Guiro. Às 18h, na Igreja Nossa Senhora das Mercês, tem o concerto ” Canções de amor, canções sem palavras”, dedicado aos compositores Robert Schumann, Felix Mendelssohn Bartholdy e Viktor Ullmann. O dia termina com jam session reunindo músicos participantes do festival, às 20h30, no Marcas Mineiras, intitulada “Sunday night fever”

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Na segunda-feira (20), à 16h30, tem Café Literário com Ismar Tirelli Neto, no Marcas Mineiras. E, às 19h, na Igreja Nossa Senhora das Mercês, tem o concerto “Lendas”, dedicado às obras de Robert Schumann, Antonin Dvorak e Ernst von Dohnányi. Já na terça (21), acontece a exibição do filme “Sem sol”, de Chris Marker, no centro cultural e, às 19h, na  Igreja do Rosário, o concerto “Paisagens derradeiras”. 

Quarta-feira (22), Leonardo Martinelli e Felipe Franco Munhoz, às 15h30, participam do Café Literário, no Marcas Mineiras. No Chafariz de São José, às 17h, tem o concerto “Cantos de Caronte”, que destaca exatamente a criação de Leonardo Martinelli. Às 18h, no Centro Cultural Yves Alves, é a exibição do filme “A estrangeira”, de Feo Aladag. Na Igreja Nossa Senhora das Mercês, tem o concerto “Amores transfigurados”, às 20h. 

A quinta-feira (23) já começa com música, com o concerto “Flores somos nós, somente flores…”, na Igreja São João Evangelista, ao meio-dia. Às 14h, tem visita guiada na ocupação “Mergulho das Benedictas”, que acontece no Beco Zé Moura. Às 16h30, no Centro Cultural Yves Alves, acontece a exibição do documentário “Chão”, realizado por Camila Freitas, que tem como foco o Movimento Sem Terra. Reunindo música e audiovisual, tem o “Esse isso aqui”, no Museu Casa Padre Toledo, com o duo experimental mineiro O Grivo, a artista plástica Niura Ballavinha e o músico Francisco César. Fechando o dia, tem o recital de Fábio Zanon, na Igreja São João Evangelista, a partir das 20h30. 

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Na sexta-feira (24), tem exibição do clássico “Deus e o diabo na terra do sol”, de Glauber Rocha, a partir das 16h30, no Centro Cultural Yves Alves. No mesmo dia, acontece um concerto em Bichinho, cidade vizinha a Tiradentes. Vai ser na Igreja Nossa Senhora da Penha, a partir das 17h. O Museu Casa Padre Toledo recebe a exibição do filme “O velho e o novo”, a partir das 21h. A trilha sonora será executada, ao vivo, pelo O Grivo. 

No sábado (25), o Marcas Mineiras, a partir das 10h30, recebe a escritora Maria Valéria Rezende, que lança seu livro “Toda palavra dá samba”. Na Igreja São João Evangelista, meio-dia, tem o concerto “De povos e terras distantes”. Às 16h30, no Palco Canudos, acontece a Ação Cultural Artes Vertentes. Já às 18h, tem outro concerto, o “A tarde de um fauno em paisagens do sul”, que celebra o legado de compositores, como Benjamin Britten, Claude Debussy, Alberto Ginastera, Astor Piazzolla e Radamés Gnatalli. Também no Palco Canudos, o dia termina com Alexandre Andrés, que apresenta seu álbum “Macaxeira Fields”, a partir das 21h. 

Domingo (26), encerra a programação do festival. Primeiro, tem a ópera de câmara “Canções do Mendigo”, no Chafariz de São José, a partir das 11h. Às 16h30, no Palco Canudos, Felipe Franco Munhoz apresenta suas canções. Às 18h, no centro cultural, acontece a exibição do filme “Para casa”, do diretor ucraniano Nariman Aliev. O festival se encerra com o concerto “Antes das doze badaladas”, às 20h, na Igreja São João Evangelista. A programação completa e outras informações estão no site artesvertentes.com.

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