Neste sábado (16), os tambores do Muvuka ocupam a Praça da Estação para a apresentação que faz parte do evento Feijão de Ogun. Às 17h, o grupo mostra ao público o trabalho que vem sendo desenvolvido dentro das oficinas de percussão promovidas com o intuito de estudar e aprender os instrumentos que fazem parte da cultura afro-brasileira. Primeiro, os alunos se apresentam e, depois, a banda do Muvuka incorpora os arranjos percussivos às músicas.
Assim como o Feijão de Ogun, o Muvuka é pautado em torno das religiões afro. De acordo com Rick Guilhem, regente do Muvuka, o samba afro, ritmo levantado pelo grupo, surgiu dentro dos candomblés. Participar do evento, para ele, é significativo para disseminar essa prática e levá-la à rua, ao Centro da cidade, mostrar as origens de uma cultura que ainda é estigmatizada. “Participar do Feijão de Ogun vai ser importante para trazer um poucos dos trabalhos que a gente faz da cultura afro. É importante estar voltando às ruas, voltando a ocupar esses espaços públicos com um ritmo e apresentações que são relacionados com a cultura afro resistente do nosso país.”
O evento vai servir também como porta de entrada a um outro que o Muvuka vem trabalhando para o Novembro Negro. Durante o mês, uma série de atividades, lives e shows acontecerão de maneira on-line e presencial em Juiz de Fora, com convidados especiais. Além do Muvuka, outros grupos de Juiz de Fora vão se apresentar no Feijão de Ogun. Na sexta-feira (15), tem Maracatu Estrela na Mata, às 17h. No domingo (17), às 10h30, tem uma grande roda de capoeira, também na Praça da Estação. Durante o intervalo das atividades, o DJ Alex Paz faz a discotecagem.
Confira a agenda cultural de Juiz de Fora neste fim de semana