“The Flash”, que estreia nesta quinta-feira (15), traz para as telas de cinema o filme solo de um dos maiores e mais queridos heróis do Universo DC. O longa foi anunciado há quase dez anos, e o personagem agora interpretado por Ezra Miller já chegou até mesmo a fazer aparições especiais em Batman vs. Superman (2016) e nas duas versões de Liga da Justiça (2017 e 2021). Inspirado na famosa HQ “Ponto de Ignição” ou, no original, “Flashpoint”, a trama se volta para o jovem mais veloz do mundo que busca com seus poderes tentar voltar ao passado para impedir a morte de sua mãe e inocentar seu pai das falsas acusações sobre o assassinato dela. A história desenvolvida no filme, para isso, traz novamente em foco as diferentes versões de vida que o multiverso possibilita e coloca em evidência as consequências de fazer alterações nas diferentes linhas existenciais.
O filme tem a responsabilidade de encerrar o Universo Estendido DC, iniciado pelo diretor Zack Snyder, e, ao mesmo tempo, preparar o terreno para o DCU, segunda fase do estúdio que traz um novo universo pensado por James Gunn. Com a familiaridade que o público passou a ter devido aos longas de herói lançados na última década, a obra não se preocupa em explicar todo o funcionamento do multiverso ou como lidar com as diferentes temporalidades, e justamente por isso, quando o personagem Barry Allen descobre que pode alterar eventos passados, logo parte para a aventura em busca de resolução para o seu drama.
Allen é caracterizado por tentar fazer malabarismos para conciliar seu trabalho, a vida pessoal de um jovem e as grandes responsabilidades de ser um herói. Ele busca conciliar todas essas facetas e, como consequência, fracassa ao não conseguir ter os resultados que planeja. Além disso, a ansiedade que ele sente também faz com que tome culpa por tudo que lhe acontece, mesmo quando é algo que está totalmente fora de seu controle. Apesar do personagem Flash ser muito querido pelo público e ter ganhado até mesmo outras adaptações, como para séries de TV, o filme chegou a quase ser cancelado justamente pelo protagonismo de Ezra Miller, que se envolveu em uma série de polêmicas e vem sendo acusado de crimes. Os incidentes envolvendo o ator começaram em 2020, quando surgiu na internet um vídeo dele agredindo uma fã, e se intensificaram com duas denúncias diferentes envolvendo delitos no Havaí. Apesar das polêmicas, o ator foi mantido e a produção seguiu.
Para diferenciar a história contada neste longa das demais, Barry parte para um multiverso em que encontra uma Terra alternativa sem o Superman ou o Batman que ele conhece. Imerso nessa nova realidade, o filme chama atenção por trazer para a tela heróis importantes que acompanham o protagonista na sua jornada, como Michael Keaton, versão Batman desse universo e que traz de volta o ator para o papel que interpretou em “Batman” (1989) e “Batman: O Retorno” (1992). Outra aparição importante para o desenvolvimento da trama é a da Supergirl (Sasha Calle), uma personagem inédita até o momento.