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Vanessa da Mata em versão única em Juiz de Fora

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Vanessa da Mata: “Gosto de brincar com meu lado intérprete. Ele precisa estar vivo” (Foto: Marcos Hermes)
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Um trabalho que reúne composições inéditas e sucessos dos 15 anos de carreira, mas com arranjos e bits mais eletrônicos: essa é “Caixinha de música”, a nova turnê da cantora mato-grossense Vanessa da Mata. A cantora, que já percorreu lugares no exterior como Estados Unidos – onde estreou o show – e Berlim, e pegou a estrada por várias cidades do Brasil, agora chega a Juiz de Fora nesta sexta-feira (15), no Cultural Bar. Em entrevista por telefone à Tribuna a cantora conta que este é um projeto que priorizou novas interpretações e maneiras diferentes de apresentar canções que já são bastantes conhecidas do público. “É bom transformá-las de alguma maneira para que a gente tenha mais gás para elas”, diz.

Músicas como “Ai ai ai”, “Boa sorte/Good luck”, “Quem irá nos proteger”, por exemplo, ganharam novos timbres, texturas e chegam para o público e também para a banda com um novo sabor. “Eu trabalho com emoção, então preciso de um show ensaiado, mas ele não pode ser frio e nem triste.”

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Neste projeto, a cantora quis trazer seu lado intérprete para o palco e escolheu “Vá pro inferno com seu amor” e “Mágoas de caboclo”, gravadas respectivamente por Orlando Silva e a dupla Milionário & José Rico, que remetem a sua família. Mas, não pense nelas com arranjos sertanejos, muito pelo contrário, a Vanessa fez questão de trazê-las do seu jeito. “Gosto de brincar com meu lado intérprete, ele precisa estar vivo: ter a consciência da letra na mão e trazê-la para o público, fazer várias versões fazendo com que a música seja de propriedade sua, por mais que ela tenha sido composta por outra pessoa.”

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Versos do cotidiano

Além de hits, o CD e DVD, resultados do show gravado em duas noites de maio 2017, em São Paulo, na Casa Natura Musical, trazem composições com temas atuais do cotidiano, com é o caso de “Caixinha de música”, que fala sobre o obstáculo de muitas mulheres em se abrirem novamente para o amor depois de sofrerem e serem maltratadas. Já “Gente feliz” tem versos de uma sociedade desacreditada como reflexo da política dos últimos anos, além de tratar sobre a inveja da felicidade e conquistas do outro. “Acho que rola uma frustração muito grande com o não cumprimento das próprias alegrias, como se o outro tivesse roubado os sonhos. Mas, de alguma forma, a gente tem que continuar nossa positividade, continuar com nosso sorriso, mas tem que ir à luta, não dá para ficar sentado”, reflete.

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Vanessa tem 15 anos de carreira, é premiada no Grammy Latino e dona de vários hits, mas, para ela, é preciso estar presente para que sua música faça diferença. Ela conta que precisou driblar a timidez e se fazer mais presente na televisão para tentar evitar o vício da audiência. “Eu acho que a minha música faz diferença, assim como a de um amigo meu rapper, que tem uma palavra diferente, ele também faz falta. Quando eu nego, eu também estou sendo culpada”, finaliza.

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Vanessa da Mata
Nesta sexta-feira (15), às 23h (abertura da casa), no Cultural (Avenida Deusdedit Salgado 3.955)

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