O artista plástico Gerson Guedes apresenta nesta terça-feira, às 18h, no plenário da Câmara Municipal, a palestra “Juiz de Fora: Linhas e cores da história”, em que analisa todos os processos que levaram ao desenvolvimento da cidade, a partir de suas pinturas, textos e pesquisas realizadas com historiadores locais. Segundo Gerson, a palestra é uma conversa sobre as origens da cidade e seus primórdios, passando pelo Caminho Novo, as sesmarias, a Fazenda do Juiz de Fora, incluindo as mudanças de povoado para distrito, vila e cidade, citando nomes e fatos que ajudaram a consolidar o município, como a chegada da cultura do café, a construção de ferrovias, estradas, a chegada da energia elétrica e a industrialização. O evento é aberto ao público.
“Há vários anos, realizo exposições sobre temas relacionados à cidade, como a Rua Halfeld, os bondes, o Rio Paraibuna, Morro do Cristo, e juntei essas obras a textos que escrevi e trabalhos de outras pessoas sobre a cidade para fazer essa palestra, que é um diálogo entre a história de Juiz de Fora e minha produção”, explica Gerson. “Passo um pouco pelo período colonial, o ciclo do ouro. É uma viagem pela história do município entre o início dos séculos XVIII e XX, relembrando nomes e ciclos econômicos e sociais que transformaram Juiz de Fora”, acrescenta, dando como exemplo a ligação da cidade ao litoral a partir da implantação da ligação ferroviária, que ajudou a mudar a cara de Juiz de Fora.
A ideia da palestra surgiu a partir da série que vem desenvolvendo atualmente, que terá exposição entre 10 e 17 de junho no adro da Igreja Matriz de Conceição de Ibitipoca e que virá para Juiz de Fora em agosto, em local ainda a ser definido. “Tenho trabalhado muito em Ibitipoca, comecei a pintar o que havia lá, buscar a história de lá, e por isso fui mais a fundo no que já conhecia. E descobri que o Antônio Dias Tostes nasceu e foi batizado em Ibitipoca, comprando terras na região anos depois, incluindo a Fazenda do Juiz de Fora. Ele foi um dos responsáveis pela criação da cidade”, diz. “Com isso, a partir da preparação dessa exposição, veio o interesse de associar tudo isso em uma apresentação.”
Para Gerson, a palestra é uma forma, por meio do apelo imagético, de aguçar as pessoas a buscarem mais informações sobre Juiz de Fora. “É uma cidade que necessita muito disso por ter uma história muito rica e importante no cenário nacional e que não pode ser perdida.”